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Alemanha e França vão produzir armas em solo ucraniano
A Alemanha e a França, o segundo maior exportador de armas do mundo, vão unir forças e iniciar uma cadeia de produção de armamento em Kiev, numa tentativa de aumentar o poderio militar ucraniano, numa altura em que as tropas estão "desesperadamente" a ficar sem munições, avançou a Bloomberg.
"Hoje, em Berlim, discutimos como podemos apoiar a Ucrânia de forma muito concreta e ainda mais forte", afirmou o chanceler alemão, Olaf Scholz, esta sexta-feira, depois de se reunir com Emmanuel Macron, o presidente francês, e com o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
A falta de armamento de defesa tem alimentado receios de um colapso das tropas de Kiev, aumentando a hipótese do avanço das forças lideradas pelo Presidente Vladimir Putin a solo ucraniano. Enquanto o exército ucraniano luta contra os avanços russos, os três líderes reuniram-se para discutir a melhor estratégia para auxiliar o país invadido há mais de dois anos.
Emmanuel Macron agradeceu ainda a Olaf Scholz por assumir "particular responsabilidade pelas escolhas de coprodução industrial" na Ucrânia.
Este ano, espera-se que os estados-membros da NATO, em conjunto com o Canadá, aumentem as despesas militares em 33 mil milhões de dólares, cerca de 30 milhões de euros, enquanto o conflito não parece abrandar.
No início de março, o ministro da defesa francês, Sebastien Lecornu, anunciou que a KNDS, um fabricante franco-alemão de tanques de guerra, entre as empresas que vão estabelecer parcerias para produzir equipamentos na Ucrânia. Segundo a Bloomberg, o valor das ações de empresas de defesa cotadas em Paris, como a Airbus e a Safran, estão a negociar em alta com a medida.
Revisto por Marta Velho