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13 June 2013 15h28

Barroso sublinha que decisões dos programas de ajuda são dos países e não da troika

Depois do Presidente da República português ter dito que o FMI deveria sair do conjunto de instituições que elaboram os planos de ajuda financeira a países com dificuldades, Durão Barroso, salienta que a participação do Fundo nos programas da Grécia, Portugal, Irlanda e Chipre foi da responsabilidade dos estados-membro. E ainda assim, sublinhou que as medidas que são implementadas pelas instituições resultam de um mandato que lhes é conferido pelos países europeus. Não são decisões das instituições.
 
“Quem toma decisões não é a troika. Todas as decisões foram tomadas por unanimidade pelos estados-membros da Zona Euro. As instituições da troika actuam dentro de um mandato que lhes é dado”, afirmou Durão Barroso durante a conferência de imprensa conjunta com o Presidente da República português, Cavaco Silva.
 
 
No caso de Chipre, por exemplo, “os estados disseram podemos emprestar x. E não pode ir além” desse valor. “Quando as instituições desenham o programa têm de se basear” no mandato que lhes é dado pelos estados-membro.
 
Não são as instituições “quem toma as decisões, quanto ao programa da Grécia, de Portugal, da Irlanda ou Chipre”, sublinhou. “A responsabilidade é deles”, referindo-se aos países.
 
Durão Barroso admite parte das responsabilidades: “na preparação temos responsabilidades. E eu não fujo” a elas.
 
Mas, o “que aconteceu foi que no início alguns governos puseram como condição” que além da participação das instituições europeias (BCE e Comissão Europeia) “o FMI fizesse parte. Foi uma exigência deles”, reiterou.
 
“No futuro penso que há mais do que condições para que as instituições europeias assumam na plenitude” este tipo de programas, defende o presidente da Comissão. Realçando que alterações na composição das instituições de programas de ajuda só “para o futuro”.
 
“Os programas actuais estão desenhados, acordados e seria completamente contraproducente qualquer reformulação. No futuro sim, é possível, mas depende da vontade dos estados-membros”, acrescentou.
 
“Às vezes não é conveniente assumir responsabilidades, mas a verdade é que são os estados-membros que tomam” as decisões.