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Católica corta previsão de crescimento para este ano com PIB a contrair no 3.º trimestre
"Ponderando os vários indicadores disponíveis, o NECEP [Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa] estima que a economia portuguesa tenha contraído 0,3% no terceiro trimestre", indicam os economistas da Católica, na folha trimestral de conjuntura. Essa variação do PIB corresponde a "um crescimento de 1,7% em termos homólogos".
Este cenário central aponta para que a atividade económica em Portugal tenha recuado "para um nível equivalente a 104,5% do referente ao quarto trimestre de 2019, o último período normal antes da pandemia (104.8% no segundo trimestre)".
O NECEP refere que os dados disponíveis (exportações, produção industrial, vendas de cimento, levantamentos em Multibanco, etc.) "evidenciam, de um modo geral, a queda da atividade económica face ao segundo trimestre ou, na melhor das hipóteses, o prolongar do cenário de estagnação observado nesse trimestre, fruto de uma variação nula em cadeia do PIB".
O indicador de atividade económica (DEI) do Banco de Portugal, citado pela Católica, aponta também para "uma contração em cadeia do PIB", com o terceiro trimestre a ser "globalmente mais fraco (106.2%) do que o segundo (107.8%)". E os inquéritos de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que os consumidores e empresários estão também mais pessimistas em relação à evolução da atividade económica em Portugal.
A "continuação da degradação da conjuntura depois de julho" acompanhou "a evolução desfavorável da Zona Euro", diz a Católica. As projeções apontam para uma nova contração em cadeia, de 0,3% (igual à que estima que se tenha registado em Portugal), no terceiro trimestre. Em termos homólogos, essa variação trimestral corresponde "a uma queda de 0,2%".
Crescimento do PIB para este ano revisto em baixa
Com a economia a contrair no terceiro trimestre depois de ter estagnado, a Católica está mais pessimista em relação ao crescimento para o conjunto do ano. "A perspetiva de uma ligeira contração em cadeia no terceiro trimestre, ora avançada pelo NECEP, não só delapida o crescimento este ano, como configura a possibilidade de um crescimento mais fraco nos próximos anos", alerta o NECEP.
"Fruto da correção em alta dos dados das contas nacionais pelo INE (efeito base), o NECEP reviu em baixa de 2,4% para 2,1% o crescimento em 2023, um cenário que antecipa algum crescimento no quarto trimestre após o impasse dos dois últimos períodos", explica.
Os economistas da Católica dizem ainda que o regresso "a um crescimento trimestral entre 0,3% e 0,4% apenas permite antecipar um crescimento de 1% em 2024", o que corresponde a uma revisão em baixa de 0,4 pontos percentuais face à anterior projeção. "O crescimento de 2024 é prejudicado por um efeito base desfavorável resultante do crescimento invulgarmente elevado no primeiro trimestre de 2023, embora o INE possa vir a alisar este dado", explicam.
Para 2025, mantêm o cenário de um crescimento próximo de 1,5%, referindo que este é "um registo moderado face ao crescimento potencial da economia portuguesa, estimado em cerca de 2%, que se justifica pela dinâmica instalada desde o segundo trimestre".
Sobre a inflação, o NECEP diz que, em Portugal, a inflação média do terceiro trimestre terá sido de 3,5%, com a inflação homóloga mais elevada a ser registada em agosto e setembro. Ainda assim, o abrandamento gradual que se tem vindo a registar na inflação em Portugal, levou os economistas da Católica a rever em baixa a média anual da inflação "para 4,6% em 2023", um valor abaixo da previsão do Governo (5,3%), Banco de Portugal (5,4%) e Comissão Europeia (5,1%).
A confirmar-se a projeção da Católica, Portugal deverá terminar o ano com uma taxa de inflação média inferior à prevista para a Zona Euro (5,5%). Já a inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a variações de preços (bens energéticos e alimentos não transformados), "continua elevada com uma taxa homóloga de 5,9% em setembro", alerta a Católica.
"É provável que, em 2025, ainda se esteja acima da meta de 2% do BCE com 3% quer em Portugal, quer na Zona Euro. "Esta conjetura reflete as limitações do processo de transmissão da política monetária à economia, bem como as perspetivas dos investidores e dos membros da Fed em termos de taxas de juro a longo prazo", referem.