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Católica vê economia a crescer 2,2% em 2023 e apenas 1% este ano
A economia portuguesa terá crescido 2,2% no ano passado, segundo as previsões da católica conhecidas esta quarta-feira, 17 de janeiro, revendo em ligeira alta as anteriores projeções. Os dados disponíveis indicam que o final do ano passado terá sido melhor, sobretudo o mês de dezembro. Assim, o valor fica alinhado com as previsões do Governo, Comissão Europeia e OCDE.
"Ponderando os vários indicadores disponíveis, o grupo de investigação da Católica – NECEP – estima que a economia portuguesa tenha crescido 0,3% no quarto trimestre de 2023. Este cenário central corresponde a um crescimento homólogo de 1,7% após 1,9% no trimestre anterior, bem como a um crescimento de 2,2% no conjunto de 2023", lê-se na folha trimestral de conjuntura. Na anterior estimativa a expansão do PIB seria de 2,1%. Os economistas acrescentam que a economia portuguesa alcançou "um nível equivalente a 104,9% do referente ao quarto trimestre de 2019", ou seja, o período pré-pandemia.
Para este ano, a Católica aponta para um crescimento que não deverá ir além de 1%. "A replicação do crescimento, ora previsto para o quarto trimestre de 2023, ao longo de 2024 apenas permite antecipar um crescimento anual de 1%", referem os autores, indicando, contudo que "o crescimento no corrente ano será prejudicado por um efeito base desfavorável resultante do crescimento invulgarmente elevado no primeiro trimestre de 2023."
Em relação às componentes do PIB, o NECEP aponta para o crescimento do consumo privado (1,2%) este ano, já o investimento (formação bruta de capital fixo – FBCF) "deverá crescer a uma taxa próxima de 3% ao ano, fruto da dinâmica esperada da execução dos fundos comunitários". As exportação deverá crescer este ano 4,3%, depois do forte desempenho em 2023, alinhando nos anos seguintes por uma "trajetória moderada".
Para 2025, o crescimento deverá andar próximo de 1,5%, com a Católica a sublinhar que se trata de um "registo moderado face ao crescimento tendencial da economia portuguesa, estimado em cerca de 2% ao ano (ou 0,5% ao trimestre)." Para 2026, o cenário central é de um crescimento de precisamente 2%.
Os economistas da Católica chamam, no entanto, a atenção para a "elevada incerteza" que decorre da "fragilidade da economia da Zona Euro". Face a isso, os intervalos de previsão "permanecem anormalmente elevados em 2024, 2025 e 2026."
Quanto ao desemprego, o NECEP aponta para valores próximos dos atuais na casa dos 6%, com ligeiro aumento este ano e no próximo, mas mantendo-se em níveis historicamente baixos.
A taxa de inflação deverá rondar os 3%, após os 4,3% registados em 2023 "dado que é expectável que a inflação homóloga volte a aumentar face aos registos abaixo de 2% dos últimos dois meses", explicam os economistas da Católica. No próximo ano, a variação de preços ainda estará acima dos 2% (2,5%), mas deverá descer para esse nível no final do horizonte de previsão, em 2026.
Meta da dívida e défice "alcançável"
Em termos de finanças públicas, a Católica acredita que os objetivos das metas traçadas pelo Governo, agora em gestão, para os principais indicadores deverão ser cumpridos. Assim, o excedente orçamental de 0,8% do PIB e os 103% de dívida "parecem alcançáveis".
Em relação ao indicador de endividamento, a Católica faz notar que "o rácio da dívida pública tem sido favorecido pela inflação incorporada no PIB nominal que é o denominador utilizado no cálculo desse rácio." Mas se o exercício fosse feito com o PIB deflacionado em vez do PIB em valor nominal nesse cálculo, "verifica-se que o rácio da dívida bruta seria próximo de 124% na atualidade".
De recordar, lembram os economistas, "o Governo procurou alcançar no ano passado com recurso a recompra de dívida junto de instituições financeiras" o rácio de 100% de dívida. Um dado que será conhecido no início de fevereiro com os dados oficiais do Banco de Portugal.