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Chefes das "secretas" de Israel, EUA, Egito e Qatar negoceiam tréguas em Gaza
Os chefes dos serviços secretos de Israel, EUA, Egito e Qatar deverão reunir-se este domingo, 28 de janeiro, em Paris, para avançar nas negociações para uma trégua na Faixa de Gaza, segundo os meios de comunicação israelitas, citados pela Efe.
A reunião não foi oficialmente confirmada, mas a imprensa, citando fontes oficiais israelitas e norte-americanas não identificadas, disse que o encontro, que terá lugar esta noite em Paris, tem por objetivo relançar as negociações para um cessar-fogo e uma troca de reféns por prisioneiros palestinianos.
O diretor da Mossad, David Barnea, o diretor do Shin Bet, Ronen Bar (os dois serviços secretos israelitas) e o major-general Nitzan Alon, enviado para os reféns, deslocaram-se a Paris para se encontrarem com o diretor da CIA, William Burns, o chefe dos serviços secretos egípcios, Abbas Kamel, e o primeiro-ministro do Qatar, Mohamed bin Abderrahman Al Thani, que negoceia em nome do grupo islamita Hamas.
Questionado pela Efe sobre a reunião, o gabinete do primeiro-ministro israelita limitou-se a dizer que "Israel está a fazer e continuará a fazer tudo o que for possível para a libertação imediata de todos os reféns".
O diário israelita Yedioth Ahronoth refere que o objetivo da reunião é conseguir um "ponto de partida" para as conversações, pelo que ainda não há uma agenda ou pontos específicos a discutir, segundo a Efe.
Nas últimas semanas, o Qatar, o Egito e os Estados Unidos, os países mediadores, apresentaram várias propostas, mas todas foram rejeitadas por Israel e pelo Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
Israel não aceita o fim das hostilidades, apenas um cessar-fogo temporário para permitir a libertação dos reféns e prosseguir depois o seu objetivo de destruir o Hamas, enquanto o Hamas exige a retirada total das tropas israelitas da Faixa de Gaza.
As partes chegaram a um acordo de tréguas de uma semana, entre 24 e 30 de novembro, que pôs fim aos combates e permitiu a troca de 105 reféns, incluindo estrangeiros, pela libertação de 240 prisioneiros palestinianos, algo que não se repetiu desde então.
Restam ainda na Faixa de Gaza 132 reféns feitos pelo Hamas a 07 de outubro, dos quais se calcula que 25 possam estar mortos, bem como quatro prisioneiros mantidos no enclave há anos, dois dos quais soldados mortos.
Já 110 reféns foram libertados com vida, e as tropas israelitas recuperaram os corpos de 11 mortos, incluindo três por engano pelo exército.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está a ser fortemente pressionado pelas famílias dos reféns, que exigem que negoceie um acordo para os libertar a todo o custo.