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China isenta de visto cidadãos portugueses em estadias até 15 dias
A China anunciou esta segunda-feira que vai alargar a política de isenção de vistos a cidadãos portugueses, em estadias até 15 dias, inserindo assim Portugal numa lista que abrange já outros 16 países europeus.
O alargamento, que foi confirmado em comunicado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, surge depois de, nas últimas semanas, Pequim ter incluído a Noruega, Eslovénia, Grécia, Dinamarca e Chipre na lista de países cujos cidadãos poderão permanecer no país asiático para turismo, negócios ou trânsito durante 15 dias, isentos de visto.
A medida entra em vigor no dia 15 de outubro e vigora até 31 de dezembro de 2025.
O ministro da Economia, Pedro Reis, em abril deste ano, no decurso da sua presença no Fórum Macau, tinha dito que Portugal gostaria de ser englobado no grupo de países beneficiários de isenção de visto e que essa vontade havia sido comunicada a Pequim.
"Achamos um belíssimo instrumento, muito pragmático, muito ajustado à cadência da cooperação económica que se quer aqui promover. É preciso, hoje em dia, ser muito ágil nessa matéria. Ainda por cima quando vemos parceiros europeus com acesso a esse regimento. Portanto, sinalizámos pela positiva que já existam cerca de 10 países, em duas vagas, e seria interessante para nós podermos aceder a esse instrumento também", explicou na ocasião Pedro Reis, citado pela agência Lusa.
A iniciativa diplomática do ministro da Economia deu agora os seus frutos.
Pequim está a tentar estimular o turismo internacional e o investimento estrangeiro, paralisados pela pandemia da covid-19, durante a qual a China impôs um encerramento quase total das fronteiras.
Em novembro passado, o país asiático anunciou que os nacionais de França, Alemanha, Itália, Países Baixos e Espanha beneficiariam de uma isenção de visto unilateral. Em março, alargou a política para estadias de até 15 dias a mais seis países europeus --- Suíça, Irlanda, Hungria, Áustria, Bélgica e Luxemburgo.
Nos últimos meses, o país asiático adotou várias medidas para ajudar os viajantes internacionais.
As carteiras digitais WeChat Pay e Alipay, omnipresentes na China, onde o dinheiro físico praticamente desapareceu, passaram a disponibilizar os seus sistemas de pagamento aos utilizadores estrangeiros que visitam o país, e que por vezes tinham dificuldade em utilizar determinados serviços.
Os estrangeiros que visitaram a China no primeiro semestre de 2024 mais do que duplicaram para 14,64 milhões, o equivalente a uma subida de 152,7% em relação ao mesmo período de 2023.
Os dados da Administração Nacional de Imigração do país asiático revelaram que as entradas sem visto ultrapassaram 8,5 milhões, representando 58% das viagens e um aumento de 190% em relação ao ano anterior.
No entanto, o número de estrangeiros continua aquém dos registos pré-pandemia, quando a China era visitada por cerca de 15 milhões de pessoas por ano.