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22 January 2024
11h19
Source:
Jornal de Negócios
Conflito no Mar Vermelho está já a afetar a indústria química da Alemanha
O setor químico da Alemanha, o maior da Europa, reportou que já está a começar a sentir o impacto dos atrasos no transporte de mercadorias através do Mar Vermelho, tornando-se assim na mais recente indústria europeia a alertar para as interrupções no fornecimento, que forçaram mesmo algumas das empresas a reduzir a produção, avança a Reuters esta segunda-feira.
No passado, também a pandemia e a guerra na Ucrânia já tinham causado impacto nos abastecimento à indústria química alemã. Neste momento, a fábrica da Tesla situada em Berlim tem sido uma das mais impactadas. A indústria química é a terceira maior da Alemanha, logo a seguir aos automóveis e engenharia, com vendas anuais de cerca de 260 mil milhões de euros, e é altamente dependente dos países asiáticos para cerca de um terço das suas importações provenientes de fora da Europa.
Neste momento, as principais importações que são transportadas por navio desde a Ásia até à Europa - de peças de automóveis a equipamentos de engenharia, produtos químicos e até brinquedos - estão a demorar muito mais tempo a serem entregues no seu destino final. Isto porque, não podendo circular através do Canal do Suez e pelo Mar Vermelho (devido aos ataques frequentes por parte dos houthis do Iémen), têm de optar por rotas mais longas e mais caras.
"O nosso departamento de compras está atualmente a trabalhar três vezes mais para conseguir algo", disse Martina Nighswonger, CEO e proprietária da Gechem, citada pela Reuters. Como resultado, a empresa teve já de reduzir a sua produção, tendo em conta a falta de produtos químicos, antevendo impactos nas contas no primeiro semestre de 2024.
Também a Evonik, maior fabricante alemã de produtos químicos especializados, deu conta de estar a ser atingida por "alterações e atrasos nas rotas" das suas importações, com os navios a mudarem de direção até três vezes no espaço de poucos dias. A empresa disse estar a tentar mitigar o impacto da situação fazendo pedidos mais cedo e mudando do transporte marítimo para transporte aéreo. No entanto, trata-se apenas de uma solução provisória.
Há algum tempo que o organismo industrial alemão VCI alerta para a dependência do setor face às importações asiáticas, dizendo que, embora as interrupções na produção devam ser limitadas a casos individuais, os atrasos nas importações através do Mar Vermelho são "um fardo adicional para uma indústria já enfraquecida". "Os efeitos são particularmente visíveis nas empresas médias de produtos químicos especializados", disse o economista-chefe da VCI, Henrik Meincke, acrescentando que estas empresas adquirem uma quantidade considerável das suas matérias-primas na Ásia.
A crise dos transportes no Mar Vermelho ocorre num momento em que a economia da Alemanha já está sob pressão devido a uma recessão, bem como aos elevados custos laborais e energéticos. De acordo com a S&P Global, o setor químico europeu, juntamente com o automóvel e o retalho, é visto como o mais vulnerável.
Além dos atrasos nas importações, os grupos químicos apontam para custos de combustível mais elevados, uma vez que os petroleiros que transportam matérias-primas cruciais estão a demorar cerca de 14 dias a mais a chegar.
No passado, também a pandemia e a guerra na Ucrânia já tinham causado impacto nos abastecimento à indústria química alemã. Neste momento, a fábrica da Tesla situada em Berlim tem sido uma das mais impactadas. A indústria química é a terceira maior da Alemanha, logo a seguir aos automóveis e engenharia, com vendas anuais de cerca de 260 mil milhões de euros, e é altamente dependente dos países asiáticos para cerca de um terço das suas importações provenientes de fora da Europa.
Neste momento, as principais importações que são transportadas por navio desde a Ásia até à Europa - de peças de automóveis a equipamentos de engenharia, produtos químicos e até brinquedos - estão a demorar muito mais tempo a serem entregues no seu destino final. Isto porque, não podendo circular através do Canal do Suez e pelo Mar Vermelho (devido aos ataques frequentes por parte dos houthis do Iémen), têm de optar por rotas mais longas e mais caras.
"O nosso departamento de compras está atualmente a trabalhar três vezes mais para conseguir algo", disse Martina Nighswonger, CEO e proprietária da Gechem, citada pela Reuters. Como resultado, a empresa teve já de reduzir a sua produção, tendo em conta a falta de produtos químicos, antevendo impactos nas contas no primeiro semestre de 2024.
Também a Evonik, maior fabricante alemã de produtos químicos especializados, deu conta de estar a ser atingida por "alterações e atrasos nas rotas" das suas importações, com os navios a mudarem de direção até três vezes no espaço de poucos dias. A empresa disse estar a tentar mitigar o impacto da situação fazendo pedidos mais cedo e mudando do transporte marítimo para transporte aéreo. No entanto, trata-se apenas de uma solução provisória.
Há algum tempo que o organismo industrial alemão VCI alerta para a dependência do setor face às importações asiáticas, dizendo que, embora as interrupções na produção devam ser limitadas a casos individuais, os atrasos nas importações através do Mar Vermelho são "um fardo adicional para uma indústria já enfraquecida". "Os efeitos são particularmente visíveis nas empresas médias de produtos químicos especializados", disse o economista-chefe da VCI, Henrik Meincke, acrescentando que estas empresas adquirem uma quantidade considerável das suas matérias-primas na Ásia.
A crise dos transportes no Mar Vermelho ocorre num momento em que a economia da Alemanha já está sob pressão devido a uma recessão, bem como aos elevados custos laborais e energéticos. De acordo com a S&P Global, o setor químico europeu, juntamente com o automóvel e o retalho, é visto como o mais vulnerável.
Além dos atrasos nas importações, os grupos químicos apontam para custos de combustível mais elevados, uma vez que os petroleiros que transportam matérias-primas cruciais estão a demorar cerca de 14 dias a mais a chegar.