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18 September 2023
12h01
Source:
Jornal de Negócios
Construtores britânicos insistem no adiamento de tarifas pós-Brexit sobre veículos elétricos
União Europeia e Reino Unido têm interesse em adiar a aplicação de regras pós-Brexit sobre veículos elétricos que poderão resultar em preços mais altos, avisou esta segunda-feira o presidente da associação de construtores britânicos, Mike Hawes.
"Continuamos otimistas quanto à possibilidade de chegar a um acordo. Faz todo o sentido, porque a última coisa que se quer é aplicar tarifas aos mesmos veículos que se está a incentivar as pessoas a comprar", afirmou hoje em Londres o presidente da Associação de Produtores e Comerciantes do Setor Automóvel (SMMT).
As regras de origem, incluídas no Acordo de Comércio e Cooperação pós-Brexit alcançado entre Londres e Bruxelas, preveem tarifas de 10% sobre veículos elétricos comercializados entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) que não tenham 45% dos seus componentes e 60% das baterias provenientes das respetivas regiões.
O Governo britânico tem estado a fazer pressão sobre esta matéria, mas o jornal Daily Telegraph noticiou na semana passada existir resistência por parte de França.
"Nunca daria por garantida uma decisão que vai ser objeto de negociação entre o Reino Unido e a UE. Estamos em setembro e as regras de origem entram em vigor a 01 de janeiro", referiu Hawes, admitindo que um entendimento só possa ser alcançado no final do ano.
Sem um acordo, os veículos que são exportados da UE para o Reino Unido e do Reino Unido para a Europa estarão sujeitos a custos adicionais, ameaçando a competitividade face a veículos de outros países.
A UE continua a ser o principal mercado dos construtores britânicos de automóveis, enquanto o Reino Unido é o segundo maior destino das exportações de automóveis europeus (atrás dos EUA), e o primeiro em termos de veículos europeus.
"É por isso que digo que a indústria europeia está muito preocupada com esta questão", vincou, recordando que muitas das fábricas de baterias elétricas anunciadas no Reino Undo e na UE não vão estar prontas antes de 2025-2026.
O diretor-geral da Volkswagen no Reino Unido, Alex Smith, confirmou, em declarações na abertura da conferência SMMT Electrified 2023.
"Estamos claramente no caminho da transição para os veículos elétricos. Tudo o que tenha o potencial de tornar os veículos elétricos mais caros não seria benéfico", sublinhou.
Sobre as declarações do investigação lançada pela Comissão Europeia (CE) às potenciais subvenções estatais chinesas a automóveis elétricos, o presidente da SMMT considerou "prematuro dizer quais vão ser os resultados em termos de tarifas".
O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, indicou no domingo, em entrevista ao canal de televisão francês LCI, ser possível um aumento das tarifas "de 10% a 20%" sobre carros elétricos chineses caso a investigação encontre provas de subvenções.
"O que realmente importa é garantir que a indústria do Reino Unido e a indústria europeia sejam competitivas e o desafio que se coloca a todos os fabricantes é fazer baixar os custos para serem competitivos", vincou Hawes.
Sobre uma ação semelhante do Reino Unido, o responsável disse que o Governo só pode agir se houver uma queixa formal, ou seja, "se o setor apresentar provas de que considera haver concorrência desleal e, tanto quanto sei, não foi esse o caso".
"Continuamos otimistas quanto à possibilidade de chegar a um acordo. Faz todo o sentido, porque a última coisa que se quer é aplicar tarifas aos mesmos veículos que se está a incentivar as pessoas a comprar", afirmou hoje em Londres o presidente da Associação de Produtores e Comerciantes do Setor Automóvel (SMMT).
As regras de origem, incluídas no Acordo de Comércio e Cooperação pós-Brexit alcançado entre Londres e Bruxelas, preveem tarifas de 10% sobre veículos elétricos comercializados entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) que não tenham 45% dos seus componentes e 60% das baterias provenientes das respetivas regiões.
O Governo britânico tem estado a fazer pressão sobre esta matéria, mas o jornal Daily Telegraph noticiou na semana passada existir resistência por parte de França.
"Nunca daria por garantida uma decisão que vai ser objeto de negociação entre o Reino Unido e a UE. Estamos em setembro e as regras de origem entram em vigor a 01 de janeiro", referiu Hawes, admitindo que um entendimento só possa ser alcançado no final do ano.
Sem um acordo, os veículos que são exportados da UE para o Reino Unido e do Reino Unido para a Europa estarão sujeitos a custos adicionais, ameaçando a competitividade face a veículos de outros países.
A UE continua a ser o principal mercado dos construtores britânicos de automóveis, enquanto o Reino Unido é o segundo maior destino das exportações de automóveis europeus (atrás dos EUA), e o primeiro em termos de veículos europeus.
"É por isso que digo que a indústria europeia está muito preocupada com esta questão", vincou, recordando que muitas das fábricas de baterias elétricas anunciadas no Reino Undo e na UE não vão estar prontas antes de 2025-2026.
O diretor-geral da Volkswagen no Reino Unido, Alex Smith, confirmou, em declarações na abertura da conferência SMMT Electrified 2023.
"Estamos claramente no caminho da transição para os veículos elétricos. Tudo o que tenha o potencial de tornar os veículos elétricos mais caros não seria benéfico", sublinhou.
Sobre as declarações do investigação lançada pela Comissão Europeia (CE) às potenciais subvenções estatais chinesas a automóveis elétricos, o presidente da SMMT considerou "prematuro dizer quais vão ser os resultados em termos de tarifas".
O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, indicou no domingo, em entrevista ao canal de televisão francês LCI, ser possível um aumento das tarifas "de 10% a 20%" sobre carros elétricos chineses caso a investigação encontre provas de subvenções.
"O que realmente importa é garantir que a indústria do Reino Unido e a indústria europeia sejam competitivas e o desafio que se coloca a todos os fabricantes é fazer baixar os custos para serem competitivos", vincou Hawes.
Sobre uma ação semelhante do Reino Unido, o responsável disse que o Governo só pode agir se houver uma queixa formal, ou seja, "se o setor apresentar provas de que considera haver concorrência desleal e, tanto quanto sei, não foi esse o caso".