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Consumidores da Zona Euro mantêm retoma da confiança em setembro
Apesar de a retoma das confiança das famílias da Zona continuar a não ser visível nos dados da atividade económica disponíveis, o indicador avançado oficial da Comissão Europeia continua a apontar para a recuperação no consumo privado, cuja travagem tem impedido até aqui a melhoria de ritmo no PIB do grupo da moeda única.
Os novos dados preliminares do indicador de confiança dos consumidores da Zona Euro, divulgados nesta sexta-feira, mostram que em setembro o pessimismo das famílias continuou a aliviar, com a leitura obtida a mostrar-se já muito perto da tendência histórica dos países na área do euro.
A melhoria foi de 0,5 pontos percentuais neste mês, com o saldo das respostas obtidas em inquérito a ficar nos -12,9 pontos, e a publicação da Comissão a indicar que a confiança dos consumidores está já praticamente em linha com a média de registos do indicador (um pouco abaixo de -10 pontos).
O comportamento foi semelhante no indicador agregado para o conjunto da União Europeia, que avançou também em 0,5 pontos percentuais, para -11,7 pontos.
O indicador mantém uma tendência de subida, com ligeiras variações, já desde o início deste ano, num contexto que confirmou o início do ciclo de corte de juros pelo Banco Central Europeu e uma melhoria de rendimentos, a nível real, com a manutenção de aumentos salariais significativos à medida que a inflação recua.
Apesar disso, até aqui tem havido pouco reflexo dessa maior confiança no consumo, com a melhoria dos rendimentos a traduzir-se sobretudo num aumento das taxas de poupança nos indicadores agregados do euro.
No segundo trimestre, a despesa final de consumo das famílias da Zona Euro recuou 0,1%, em cadeia, após ter conhecido um crescimento de 0,3% no início do ano. O PIB limitou-se a avançar 0,2%, sem apoio dos gastos dos consumidores.
A expectativa de recuperação económica para o grupo da moeda única neste ano - marcado por abrandamento no comércio mundial e desenvolvimentos negativos na procura externa dos países do euro, ao mesmo tempo que o investimento se mantém em queda - está fortemente dependente da evolução do consumo privado das famílias, que, para já, não responde aos níveis mais elevados de confiança.