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13 December 2023
08h47
Source:
Jornal de Negócios
COP28 chega a acordo histórico de "transição para o abandono" dos combustíveis fósseis
"Fez-se História". É desta forma que os Emirados Árabes Unidos, que este ano tiveram a seu cargo a organização da cimeira anual das Nações Unidas dedicada às Alterações Climática, no Dubai, descrevem o acordo conseguido no evento (já em tempo de prolongamento) com vista a uma "transição para o abandono" do uso de combustíveis fósseis. "Unimo-nos, agimos, conseguimos", diz a presidência da COP28.
Em negociações que duraram pela madrugada dentro desta quarta-feira, 13 de dezembro, representantes de quase 200 países chegaram assim a acordo para começar a reduzir o seu consumo global de combustíveis fósseis, avança a Reuters esta manhã. O acordo agora alcançado no Dubai, após duas semanas de negociações árduas, é "inédito" e assinala o eventual fim da era do petróleo.
O acordo apela especificamente à "transição para o abandono dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, de uma forma justa, ordenada e equitativa, de modo a atingir a neutralidade carbónica até 2050, de acordo com a ciência".
Apela também à triplicação da capacidade de energia renovável a nível mundial até 2030, acelerando os esforços para reduzir a utilização de carvão e acelerando tecnologias como a captura e armazenamento de carbono.
Depois das polémicas que marcaram o início da cimeira, a presidente da COP28, Sultan Al Jaber (presidente de uma das maiores petrolíferas do Médio Oriente), classificou o acordo como "histórico", mas alertou que o seu verdadeiro sucesso estará na sua implementação prática.
"Somos o que fazemos, não o que dizemos. Devemos tomar as medidas necessárias para transformar este acordo em ações tangíveis", disse Al Jaber perante o plenário da COP28, citado pela Reuters. Vários países aplaudiram o acordo por ter conseguido algo "inédito" em décadas de negociações climáticas.
"É a primeira vez que o mundo se une em torno de um texto tão claro sobre a necessidade de abandonar os combustíveis fósseis", disse por seu lado o ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Espen Barth Eide. "Tem sido o elefante na sala estes dias. Finalmente encaramos este tema de frente", sublinhou.
Mais de 100 países presentes na COP28 defenderam a necessidade do uso de uma "linguagem mais forte" no acordo alcançado com vista a "eliminar gradualmente" o uso de petróleo, gás e carvão, mas encontraram pelo caminho uma forte oposição do lado do grupo de países produtores de petróleo (OPEP), liderados pela Arábia Saudita, que argumentou que o mundo pode reduzir emissões poluentes sem no entanto ter de evitar "combustíveis específicos". Esta "batalha de palavras" levou ao adiamento da COP28 além do último dia, que seria esta terça-feira, 12 de dezembro.
Do lado dos defensores de uma eliminação progressiva dos combustíveis fósseis estiveram alguns dos grandes produtores de petróleo e gás, como os Estados Unidos, o Canadá e a Noruega, juntamente com o bloco da UE e vários outros governos. O ministro dinamarquês do Clima e da Energia, Dan Jorgensen, disse: "Estamos aqui num país petrolífero, rodeados de países petrolíferos, e tomámos a decisão de nos afastarmos do petróleo e do gás".
Em negociações que duraram pela madrugada dentro desta quarta-feira, 13 de dezembro, representantes de quase 200 países chegaram assim a acordo para começar a reduzir o seu consumo global de combustíveis fósseis, avança a Reuters esta manhã. O acordo agora alcançado no Dubai, após duas semanas de negociações árduas, é "inédito" e assinala o eventual fim da era do petróleo.
O acordo apela especificamente à "transição para o abandono dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, de uma forma justa, ordenada e equitativa, de modo a atingir a neutralidade carbónica até 2050, de acordo com a ciência".
Apela também à triplicação da capacidade de energia renovável a nível mundial até 2030, acelerando os esforços para reduzir a utilização de carvão e acelerando tecnologias como a captura e armazenamento de carbono.
Depois das polémicas que marcaram o início da cimeira, a presidente da COP28, Sultan Al Jaber (presidente de uma das maiores petrolíferas do Médio Oriente), classificou o acordo como "histórico", mas alertou que o seu verdadeiro sucesso estará na sua implementação prática.
"Somos o que fazemos, não o que dizemos. Devemos tomar as medidas necessárias para transformar este acordo em ações tangíveis", disse Al Jaber perante o plenário da COP28, citado pela Reuters. Vários países aplaudiram o acordo por ter conseguido algo "inédito" em décadas de negociações climáticas.
"É a primeira vez que o mundo se une em torno de um texto tão claro sobre a necessidade de abandonar os combustíveis fósseis", disse por seu lado o ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Espen Barth Eide. "Tem sido o elefante na sala estes dias. Finalmente encaramos este tema de frente", sublinhou.
Mais de 100 países presentes na COP28 defenderam a necessidade do uso de uma "linguagem mais forte" no acordo alcançado com vista a "eliminar gradualmente" o uso de petróleo, gás e carvão, mas encontraram pelo caminho uma forte oposição do lado do grupo de países produtores de petróleo (OPEP), liderados pela Arábia Saudita, que argumentou que o mundo pode reduzir emissões poluentes sem no entanto ter de evitar "combustíveis específicos". Esta "batalha de palavras" levou ao adiamento da COP28 além do último dia, que seria esta terça-feira, 12 de dezembro.
Do lado dos defensores de uma eliminação progressiva dos combustíveis fósseis estiveram alguns dos grandes produtores de petróleo e gás, como os Estados Unidos, o Canadá e a Noruega, juntamente com o bloco da UE e vários outros governos. O ministro dinamarquês do Clima e da Energia, Dan Jorgensen, disse: "Estamos aqui num país petrolífero, rodeados de países petrolíferos, e tomámos a decisão de nos afastarmos do petróleo e do gás".