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Empresas apontam para contração na Zona Euro no terceiro trimestre
A atividade da Zona Euro terá enfraquecido mais do que o esperado em agosto, com o índice de gestores de compras a apontar para uma quebra no PIB do espaço da moeda única no terceiro trimestre.
Depois de o bloco do euro ter crescido 0,3% na primavera, o indicador de sentimento divulgado nesta quarta-feira sugere uma contração em 0,2% nos meses de verão, segundo a análise publicada pela S&P Global, que compila o índice.
O índice para a atividade no euro continua a descer para território mais negativo e obteve em agosto uma leitura de 47,0, abaixo dos 48,6 do registo de julho, ficando ao nível mais baixo desde novembro de 2020. Excluindo o período da pandemia, esta é a leitura mais baixa desde abril de 2013.
O cenário das maiores economias do euro indica nova quebra acentuada na Alemanha, com o índice a recuar agora para 44,7 (48,5 em julho), e estagnação em território negativo na atividade em França (46,6).
A atividade terá também caído no conjunto das restantes economias do euro, mas de forma mais moderada.
As leituras de agosto apontam agora não apenas para o continuar do declínio na produção industrial, como também para enfraquecimento na atividade dos serviços.
A publicação de hoje refere que os dados fazem esperar "um arrefecimento pronunciado" na procura orientada para serviços associados ao turismo. Esta procura crescia no arranque do ano e ajudou a sustentar o crescimento em vários país – incluindo, em Portugal.
Os dados do inquérito às empresas da Zona Euro em agosto mostram, por outro lado, na indústria, agravamento continuado na carteira de encomendas.
As opiniões dos gestores de compras mantêm o emprego estável, mas notam maior pressão nos custos dos fatores de produção, em particular, no serviços, onde predominam os custos salariais e onde a evolução da inflação será determinante para decisão do Banco Central Europeu de fazer uma pausa ou continuar a subir juros em setembro.
Ainda assim, a S&P ressalva que os dados dos preços de venda avançados pelos gestores da indústria e dos serviços – usados para estimar evoluções em quatro meses - mantêm em linha com subidas no índice de preços no consumidor abaixo dos 3% (5,3% em julho).