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22 May 2013 12h56

Endividamento das famílias portuguesas baixa mais de 9 mil milhões desde 2011

O endividamento das famílias portuguesas baixou durante o primeiro trimestre, quer em termos nominais, quer em percentagem do PIB, apesar da descida deste último indicador no mesmo período.  
 
De acordo com os dados do Boletim Estatístico publicados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, a dívida das famílias portuguesas baixou 3,9% para 164,36 mil milhões de euros em Março, o que equivale a 100,4% do PIB.
 
Estes valores comparam de forma favorável com o registado no final de 2012, já que em Dezembro a dívida era de 166,17 mil milhões de euros, ou 100,5% do PIB.
 
Desta forma, as famílias portuguesas estão a reduzir o seu endividamento a um ritmo mais acentuado do que a contracção da economia. Uma tendência que se verifica desde 2011, ano em que iniciou a actual recessão económica.
 
Em Dezembro de 2011 a dívida das famílias era de 173,5 mil milhões de euros, o equivalente a 101,5% do PIB. Face a Março deste ano o endividamento dos particulares baixou em 9,2 mil milhões de euros, o que corresponde a 1,1 pontos percentuais.
 
O crédito à habitação representa uma grande fatia do endividamento das famílias portuguesas (71% em Março deste ano), explicando também boa parte da redução da dívida que estas detêm. Com o forte aperto nas condições do crédito à habitação, o valor da dívida das famílias ao banco para a prestação da casa baixou 3,7% em Março, para 117,3 mil milhões de euros.
 
Este valor corresponde a 71,7% do PIB, quando no final de 2011 representava 71,9%.
 
Também as empresas estão a reduzir o seu endividamento, embora não ainda a um ritmo suficiente para baixar o peso no PIB.
 
As empresas portuguesas do sector privado não financeiro tinham um endividamento de 305,6 mil milhões de euros em Março deste ano, uma queda de 0,1% face a Dezembro de 2012. Contudo, o peso no PIB subiu de 185,3% para 186,8%.
 
Comparando com o final de 2011 a tendência é a mesma. O endividamento das empresas caiu mais de 2 mil milhões de euros, mas o peso no PIB aumentou 6,9 pontos percentuais.