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21 September 2023
10h57
Source:
Jornal de Negócios
Estudo indica que classe média chinesa está a reduzir gastos com luxo
A classe média chinesa está a reduzir gastos com luxos, face à incerteza que afeta a economia do país asiático, em particular o setor imobiliário, segundo um inquérito divulgado esta quinta-feira por um jornal de Hong Kong.
O inquérito, elaborado pela Universidade Jiaotong de Xangai e pelo grupo financeiro norte-americano Charles Schwab, revelou que apenas 28,5% dos mais de 4.500 inquiridos estão a realizar despesas com bens de luxo, enquanto este valor ultrapassava os 50% há cinco anos.
A vontade de acumular capital com vista a abrir um negócio também é menor, fixando-se agora em 27,8%, quando era quase um terço, no ano passado.
O número de pessoas que dão prioridade a apoiar os pais ou a estarem preparadas para possíveis problemas de saúde, aumentou também, o que, segundo o relatório, parece indicar que a classe média chinesa está a "concentrar-se na segurança e na sustentabilidade a curto prazo, em vez de investir no futuro ou realizar gastos com bens de luxo".
O estudo abrange pessoas com rendimentos entre 125 mil yuan e um milhão de yuan (entre 16.350 e 131 mil euros) anualmente, em cidades de diferentes dimensões - mesmo aquelas consideradas de "terceiro nível" -- na China.
Este grupo é "muito importante" para o crescimento económico da China, disse Tu Guangshao, antigo vice-presidente da Câmara de Xangai e atual diretor executivo do órgão da Universidade Jiaotong responsável pelo estudo.
"Não importa em que setor estão, geralmente constituem a sua espinha dorsal. Além disso, são uma grande força de consumo, especialmente numa altura em que o Governo está a trabalhar para estimular os gastos", afirmou o especialista.
Após um início de ano promissor, a recuperação pós-pandemia da economia chinesa tem dado sinais de abrandamento nos últimos meses, crescendo menos do que o esperado no segundo trimestre (+6,3% homólogo).
A baixa procura doméstica e internacional, riscos de deflação, estímulos insuficientes, crise imobiliária e falta de confiança no setor privado são algumas das principais causas apontadas pelos analistas para explicar o abrandamento da segunda maior economia mundial.
A China representa cerca de um terço do consumo de gama alta do mundo, segundo diferentes análises.
O inquérito, elaborado pela Universidade Jiaotong de Xangai e pelo grupo financeiro norte-americano Charles Schwab, revelou que apenas 28,5% dos mais de 4.500 inquiridos estão a realizar despesas com bens de luxo, enquanto este valor ultrapassava os 50% há cinco anos.
A vontade de acumular capital com vista a abrir um negócio também é menor, fixando-se agora em 27,8%, quando era quase um terço, no ano passado.
O número de pessoas que dão prioridade a apoiar os pais ou a estarem preparadas para possíveis problemas de saúde, aumentou também, o que, segundo o relatório, parece indicar que a classe média chinesa está a "concentrar-se na segurança e na sustentabilidade a curto prazo, em vez de investir no futuro ou realizar gastos com bens de luxo".
O estudo abrange pessoas com rendimentos entre 125 mil yuan e um milhão de yuan (entre 16.350 e 131 mil euros) anualmente, em cidades de diferentes dimensões - mesmo aquelas consideradas de "terceiro nível" -- na China.
Este grupo é "muito importante" para o crescimento económico da China, disse Tu Guangshao, antigo vice-presidente da Câmara de Xangai e atual diretor executivo do órgão da Universidade Jiaotong responsável pelo estudo.
"Não importa em que setor estão, geralmente constituem a sua espinha dorsal. Além disso, são uma grande força de consumo, especialmente numa altura em que o Governo está a trabalhar para estimular os gastos", afirmou o especialista.
Após um início de ano promissor, a recuperação pós-pandemia da economia chinesa tem dado sinais de abrandamento nos últimos meses, crescendo menos do que o esperado no segundo trimestre (+6,3% homólogo).
A baixa procura doméstica e internacional, riscos de deflação, estímulos insuficientes, crise imobiliária e falta de confiança no setor privado são algumas das principais causas apontadas pelos analistas para explicar o abrandamento da segunda maior economia mundial.
A China representa cerca de um terço do consumo de gama alta do mundo, segundo diferentes análises.