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Exigência salariais alemãs acima da inflação preocupam BCE
O maior sindicato alemão, o IG Metall, anunciou esta segunda-feira que vai exigir uma subida salarial de 7% para os 3,9 milhões de trabalhadores das indústrias dos metais e da eletricidade na negociação coletiva que terá início em meados de setembro. Foi esta a recomendação do seu conselho de administração para os negociadores do setor – que é a espinha dorsal da economia alemã e uma referência para acordos salariais noutros setores.
A proposta deverá enfrentar, logo à partida, dois obstáculos. Por um lado, “é provável que seja recebida com frieza pelos líderes da indústria, que se depararam com uma crise energética desencadeada pela invasão da Ucrânia por parte da Rússia e por uma ampla contração da economia alemã”, sublinha o Financial Times. Adicionalmente, o Banco Central Europeu (BCE) deverá alertar para os riscos de que uma atualização salarial desta dimensão enfraqueça o combate à inflação.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, já se mostrou preocupada com a evolução dos salários na Alemanha, que se situa acima dos últimos dados da inflação. Para a autoridade monetária europeia, o último quilómetro da maratona [para que a inflação desça à meta de 2%] é tentar que os salários não façam subir os preços, refere o El Economista.
“A exigência de um aumento de 7% numa das áreas mais débeis da economia alemã reflete os contínuos esforços dos trabalhadores no sentido de recuperarem poder de compra depois do forte aumento da inflação há dois anos. Mas também deverá preocupar o BCE, que está a contar com uma moderação nas exigências salariais para que a inflação possa atingir a sua meta de 2% no próximo ano”, acrescenta o FT.
Prémios únicos devido a inflação foram solução
Para muitas empresas da maior economia europeia, a forma de contornar a pressão de aumentos salariais permanentes passou pelo pagamento de compensações únicas devido à inflação. Mas agora, o IG Metall argumenta que esses “prémios”, que estava isentos de contribuições sociais, foram “engolidos” pela inflação e exigem novas subidas nos salários.
A estrutura sindical sublinha que as empresas germânicas têm carteiras de encomendas elevadas e que os trabalhadores estão a “trabalhar no duro”, mas que o seu poder de compra tem encolhido.