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24 January 2024
15h29
Source:
Jornal de Negócios
Ifo corta previsão de crescimento do PIB alemão para 0,7% este ano
O instituto alemão de investigação económica Ifo cortou esta quarta-feira as previsões de crescimento da economia alemã. Em vez dos 0,9% antecipados em dezembro, o Ifo estima agora que a maior economia europeia cresça 0,7%, devido à crise orçamental motivada por uma decisão judicial que obrigou cortar despesa.
"As empresas e as famílias vão suportar um fardo maior ou receber menos ajuda, e os gastos do Governo vão ser cortados. Isto está aproximadamente em linha com o que estimámos no cenário de risco para 2024 em dezembro e o impacto económico deverá ser de uma magnitude correspondente", explicou Timo Wollmershäuser, líder de previsões do Ifo, na apresentação das novas projeções económicas.
Em causa está o impasse criado na aprovação do orçamento alemão de 2024, depois de o Tribunal Constitucional da Alemanha ter considerado que o Governo violou as regras orçamentais, ao propor transferência de 60 mil milhões não utilizados durante a pandemia para investimentos verdes e apoio à indústria.
Essa decisão judicial forçou o Governo de Olaf Scholz a rever os orçamentos de 2023 e 2024 e dividiu os três partidos que compõem a coligação (SPD, FDP e Verdes) que governa a Alemanha. Em meados de dezembro, os partidos anunciaram que tinham chegado a acordo, mas os detalhes não foram conhecidos.
Em dezembro, o Ifo tinha já revisto em baixa a previsão de crescimento do produto interno bruto (PIB) alemão para 2024, de 1,4% para 0,9%. Na altura, o corte tinha sido explicado pela "incerteza" entre os consumidores e empresas, alimentada pela crise orçamental, que atrasou a retoma económica.
"Agora que a comissão orçamental do Parlamento alemão concordou com o orçamento, estimamos que tenham sido aprovado poupanças adicionais de pouco menos de 19 mil milhões de euros", indica.
O Ifo explica ainda que, nas previsões divulgadas em dezembro, "não era totalmente claro até que ponto as despesas seriam cortadas ou os impostos aumentados" e, por isso, assumiu-se que "todas as medidas de política orçamental planeadas seriam implementadas independentemente do défice orçamental".
"Dado que também era previsível que seriam necessários esforços adicionais de consolidação para colmatar o défice orçamental, a previsão incluía um cenário de risco que estimava o impacto na economia alemã de um pacote generalizado de medidas no valor de 20 mil milhões de euros", afirmou Timo Wollmershäuser.
"As empresas e as famílias vão suportar um fardo maior ou receber menos ajuda, e os gastos do Governo vão ser cortados. Isto está aproximadamente em linha com o que estimámos no cenário de risco para 2024 em dezembro e o impacto económico deverá ser de uma magnitude correspondente", explicou Timo Wollmershäuser, líder de previsões do Ifo, na apresentação das novas projeções económicas.
Em causa está o impasse criado na aprovação do orçamento alemão de 2024, depois de o Tribunal Constitucional da Alemanha ter considerado que o Governo violou as regras orçamentais, ao propor transferência de 60 mil milhões não utilizados durante a pandemia para investimentos verdes e apoio à indústria.
Essa decisão judicial forçou o Governo de Olaf Scholz a rever os orçamentos de 2023 e 2024 e dividiu os três partidos que compõem a coligação (SPD, FDP e Verdes) que governa a Alemanha. Em meados de dezembro, os partidos anunciaram que tinham chegado a acordo, mas os detalhes não foram conhecidos.
Em dezembro, o Ifo tinha já revisto em baixa a previsão de crescimento do produto interno bruto (PIB) alemão para 2024, de 1,4% para 0,9%. Na altura, o corte tinha sido explicado pela "incerteza" entre os consumidores e empresas, alimentada pela crise orçamental, que atrasou a retoma económica.
"Agora que a comissão orçamental do Parlamento alemão concordou com o orçamento, estimamos que tenham sido aprovado poupanças adicionais de pouco menos de 19 mil milhões de euros", indica.
O Ifo explica ainda que, nas previsões divulgadas em dezembro, "não era totalmente claro até que ponto as despesas seriam cortadas ou os impostos aumentados" e, por isso, assumiu-se que "todas as medidas de política orçamental planeadas seriam implementadas independentemente do défice orçamental".
"Dado que também era previsível que seriam necessários esforços adicionais de consolidação para colmatar o défice orçamental, a previsão incluía um cenário de risco que estimava o impacto na economia alemã de um pacote generalizado de medidas no valor de 20 mil milhões de euros", afirmou Timo Wollmershäuser.