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07 May 2013 20h55

IGCP estuda vender dívida pública a investidores no retalho

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) está a analisar a venda de dívida pública portuguesa directamente a investidores particulares, seguindo o exemplo dado pelas empresas da bolsa nacional.
 
A intenção já tinha sido avançada pela secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, numa entrevista ao Negócios em Janeiro e foi confirmada esta terça-feira, pelo presidente do IGCP, João Moreira Rato, na conferência de imprensa em que foram apresentados os resultados da emissão de dívida a 10 anos de Portugal.
 
Estão a ser analisados, segundo avançou o presidente da entidade que gere a dívida pública nacional, novos tipos de instrumentos dirigidos ao retalho, entre os quais a venda directa de obrigações do Tesouro.
 
No ano passado, emergiu o mercado da emissão de obrigações de empresas nacionais para o retalho, uma das formas que as companhias portuguesas encontraram para obterem o financiamento que não conseguiam junto de investidores institucionais. Contudo, a compra de obrigações do Tesouro por investidores individuais, no retalho, não está facilitada actualmente e é nesse campo que o IGCP estuda actuar.
 
Em exame está igualmente uma nova versão dos Certificados do Tesouro, instrumento cuja remuneração estava indexada às rendibilidades da dívida portuguesa que foi descontinuado em Setembro de 2012  porque “não despertava interesse dos investidores”.
 
Moreira Rato já tinha declarado este ano que pretendia colocar à disposição de investidores particulares a venda de produtos de poupança superiores a um ano.