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26 June 2013 13h54

Itália: Derivados financeiros não representam risco para as contas públicas

O Ministério das Finanças italiano respondeu à notícia publicada na manhã desta segunda-feira pelo “Financial Times”, que dava conta de um relatório onde eram discriminadas posições em contratos derivados de crédito.
 
O Governo com sede em Roma afirmou que os contratos foram usados para reduzir o risco associado à variação das taxas de juro e que a exposição do país aos derivados não ameaça as suas contas públicas, segundo comunicado citado pela Bloomberg.
 
O “Financial Times” noticiou que a exposição de Itália aos contratos derivados era de 31 mil milhões de euros (valor nominal) e que as perdas potenciais ascendiam a oito mil milhões de euros, segundo um documento confidencial a que teve acesso. O Tesouro italiano disse, em Março de 2012, que os contratos derivados do país cobrem 160 mil milhões de euros dívida pública, o que corresponde a quase de 10% da dívida soberana.
 
O ministro das Finanças Fabrizio Saccomanni esclareceu que “não haverá qualquer impacto negativo nas contas públicas”, em conferência de imprensa citada pela agência noticiosa norte-americana. “Estes são instrumentos usados para gerir o risco [associado à oscilação] de taxa de juro”.
 
No comunicado divulgado esta quarta-feira, o Tesouro de Itália afirmou que envia informação para os auditores públicos de Itália com uma periodicidade semestral. Em Março, a polícia fiscal foi enviada à agência de gestão do crédito de Itália para recolher informação sobre contratos firmados com o Morgan Stanley e que foram rescindidos por 3,4 mil milhões de euros.