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09 July 2013
12h34
Source:
Jornal de Negócios
Manuel Pinho: "Trouxe para Portugal muito investimento" e as "PME foram apoiadas como nunca"
Manuel Pinho, esteve no Ministério cinco anos durante os executivos de Sócrates.
Porque é que os ministros da Economia estão sempre na linha da frente nas remodelações?
Estive à frente do Ministério durante quase cinco anos. Foi difícil porque Portugal esteve quase sempre sob a alçada de um PEC e não havia dinheiro, o que tive de compensar com entusiasmo e imaginação. Trouxe para Portugal muitos projectos de investimento, as PME foram apoiadas como nunca, o turismo teve um grande impulso e Portugal tornou-se um líder nas energias renováveis. Desde então, o Ministério já teve mais 3 titulares, o que não é bom. A instabilidade é fonte de problemas porque a Economia é responsável por políticas estruturais, que por definição não podem estar sempre a mudar. Por outro lado, o Ministério da Economia é o ministério das empresas, pequenas, média e grandes, e o seu titular precisa de tempo para ganhar a confiança dos empresários.
Quais devem ser as áreas estratégicas em que o próximo ministro da Economia deve apostar?
Há um responsável pelo Ministério da Economia que tem a sua própria estratégia e o seu estilo e eu nunca cometeria a indelicadeza de fazer comentários. O que posso garantir é que eu nunca aceitaria estar à frente de um Ministério da Economia com a configuração do actual, que critiquei desde o primeiro dia. O actual ministério tem responsabilidades a mais, como o trabalho e as obras públicas, e tem outras a menos, como a diplomacia económica. Quem paga este erro grave é o país. Tenho a certeza de que o tempo vai dar-me razão.
Qual foi o lóbi mais poderoso que enfrentou? Os grupos de pressão têm mais força agora ou na sua época?
Estou afastado da política e não faço a mínima ideia da força actual dos grupos de pressão. No meu tempo, nunca me incomodaram minimamente, pelo contrário foram úteis porque canalizaram de forma positiva os problemas das empresas. A questão não é o poder dos grupos de pressão, é eles sentirem que têm poder para fragilizar a posição de um ministro junto do primeiro-ministro. Apesar de eu ser um independente, tive sempre o total apoio de José Sócrates. Tenho a consciência de nunca ter cedido a pressões. Guardo uma excelente recordação das relações que tive com José António Barros, da AEP, Rocha de Matos da AIP, Fortunato Frederico, do calçado, João Costa, dos têxteis, António Amorim, da cortiça, José Carlos Pinto Coelho, do turismo e do meu querido amigo Leonel Costa, já falecido, dos moldes.
Porque é que os ministros da Economia estão sempre na linha da frente nas remodelações?
Estive à frente do Ministério durante quase cinco anos. Foi difícil porque Portugal esteve quase sempre sob a alçada de um PEC e não havia dinheiro, o que tive de compensar com entusiasmo e imaginação. Trouxe para Portugal muitos projectos de investimento, as PME foram apoiadas como nunca, o turismo teve um grande impulso e Portugal tornou-se um líder nas energias renováveis. Desde então, o Ministério já teve mais 3 titulares, o que não é bom. A instabilidade é fonte de problemas porque a Economia é responsável por políticas estruturais, que por definição não podem estar sempre a mudar. Por outro lado, o Ministério da Economia é o ministério das empresas, pequenas, média e grandes, e o seu titular precisa de tempo para ganhar a confiança dos empresários.
Quais devem ser as áreas estratégicas em que o próximo ministro da Economia deve apostar?
Há um responsável pelo Ministério da Economia que tem a sua própria estratégia e o seu estilo e eu nunca cometeria a indelicadeza de fazer comentários. O que posso garantir é que eu nunca aceitaria estar à frente de um Ministério da Economia com a configuração do actual, que critiquei desde o primeiro dia. O actual ministério tem responsabilidades a mais, como o trabalho e as obras públicas, e tem outras a menos, como a diplomacia económica. Quem paga este erro grave é o país. Tenho a certeza de que o tempo vai dar-me razão.
Qual foi o lóbi mais poderoso que enfrentou? Os grupos de pressão têm mais força agora ou na sua época?
Estou afastado da política e não faço a mínima ideia da força actual dos grupos de pressão. No meu tempo, nunca me incomodaram minimamente, pelo contrário foram úteis porque canalizaram de forma positiva os problemas das empresas. A questão não é o poder dos grupos de pressão, é eles sentirem que têm poder para fragilizar a posição de um ministro junto do primeiro-ministro. Apesar de eu ser um independente, tive sempre o total apoio de José Sócrates. Tenho a consciência de nunca ter cedido a pressões. Guardo uma excelente recordação das relações que tive com José António Barros, da AEP, Rocha de Matos da AIP, Fortunato Frederico, do calçado, João Costa, dos têxteis, António Amorim, da cortiça, José Carlos Pinto Coelho, do turismo e do meu querido amigo Leonel Costa, já falecido, dos moldes.