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04 August 2024 09h50

Marcelo Rebelo de Sousa exige mais transparência na Venezuela

Marcelo Rebelo de Sousa apoia a posição do Governo de Portugal e de outros seis países europeus que exigem transparência dos resultados das eleições na Venezuela, anunciou a Presidência.

O Presidente da República apoia a posição dos Governos "exigindo a divulgação de todas as atas eleitorais, para assegurar a transparência do resultado das eleições e o respeito pelos direitos de todos os venezuelanos, bem como assegurar a Democracia e as Liberdades".

A informação foi divulgada na página oficial da Presidência da República, no dia em que também foi conhecida uma declaração conjunta de sete países europeus na qual estes apelam às autoridades venezuelanas para que divulguem rapidamente todas as atas da votação de domingo, para garantir "a total transparência e integridade do processo eleitoral".

A declaração conjunta foi assinada pelos Governos de Portugal, Itália, França, Alemanha, Espanha, Países Baixos e Polónia, e nela os dirigentes políticos manifestaram grande preocupação com a situação na Venezuela após as eleições presidenciais de domingo passado.

Além de pedirem a divulgação das atas eleitorais, os dirigentes escreveram ainda, na declaração, que os direitos dos venezuelanos, nomeadamente dos seus líderes políticos, devem ser respeitados neste processo.

"Condenamos veementemente qualquer detenção ou ameaça contra eles", afirmaram.

Na passada segunda-feira a Comissão Nacional de Eleições da Venezuela proclamou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais realizadas no domingo, com 51,2% dos votos.

Por sua vez, o bloco maioritário da oposição publicou os resultados no seu portal na Internet, que alegadamente deram uma vitória esmagadora ao seu candidato, Edmundo González Urrutia, que conta com o apoio da líder da oposição María Corina Machado, impedida pelo regime 'chavista' de participar nas eleições.

Desde então têm-se sucedido manifestações, especialmente contra o regime de Nicolás Maduro, algumas violentamente reprimidas.

Já morreram pelo menos 13 pessoas e foram detidas mais de 1.200.