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Medina adverte contra "gastar o que se tem e não se tem como se não houvesse amanhã"
O ministro das Finanças, Fernando Medina, voltou a avisar que o caminho para o próximo ano será de consolidação orçamental, mesmo perante um excedente das contas públicas acumulado de 1,4 mil milhões de euros no primeiro semestre e com a indicação e dados revistos em alta no PIB, nesta sexta-feira, pelo INE.
"Gastar o que se tem e o que não se tem como se não houvesse amanhã – amanhã é 1 de janeiro de 2024 – é algo que rejeitamos", afirmou, em conferência de imprensa após a libertação dos dados.
O ministro lembrou que as taxas de juro de referência da Zona Euro vão manter-se elevadas durante um período longo de tempo, segundo a indicação já dada pelo Banco Central Europeu, o que deverá ditar abrandamento da economia no próximo ano.
"Ninguém pode responsavelmente ignorar que isto tem um impacto direto sobre a capacidade e o crescimento da economia portuguesa no ano de 2024", afirmou ao mesmo tempo que reiterou que o Governo só pretende dar "passos seguros" – isto é, acionar medidas com a segurança de que não terão de ser revertidas depois, seja na área fiscal e seja nos apoios em áreas "críticas" como a habitação.
Em atualização