Os eleitores franceses estão a acorrer em massa às mesas de voto neste domingo para a segunda volta das legislativas antecipadas. De acordo com os dados oficiais, a taxa de participação até ao meio-dia (11:00 em Lisboa), 26,63% dos eleitores inscritos já tinham exercido o direito de voto, a mais elevada desde 1981.
Comparando com as legislativas de 2022, a taxa de participação já ultrapassa em 7,5 pontos a da segunda volta das legislativas de 2022, quando votaram 18,99% dos eleitores inscritos.
Na primeira volta das eleições, a 30 de junho, a taxa de participação foi de 25,9%, também um valor em 7,5 pontos acima da primeira volta de 2022.
As previsões para hoje antecipam uma grande afluência às urnas, que poderá acabar por repetir os 66,7% da primeira volta, uma afluência que não se registava desde 1997. Nestas eleições estão em causa os 577 lugares da Assembleia Nacional (parlamento).
Segundo uma sondagem divulgada na quarta-feira pelo instituto Toluna Harris Interactive, a União Nacional poderá conseguir entre 190 e 220 lugares, insuficientes para alcançar a maioria absoluta (289 lugares), o que pode colocar em causa que o líder do partido, Jordan Bardella, se torne primeiro-ministro.
Já a coligação de esquerda, Nova Frente Popular, poderá obter entre 159 a 183 lugares e a coligação presidencial Juntos (Ensemble, em francês) conseguirá obter 110 a 135 lugares.
Em caso de não existir uma maioria clara e não houver acordos entre os partidos para uma coligação governamental, pode verificar-se um impasse, uma situação inédita em França.
(Notícia atualizada às 11:25 com mais informação) 
