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Patrões do Minho pedem viabilidade governativa: ?Interesse nacional não pode estar sujeito a jogos partidários?
A Associação Empresarial do Minho (AEMinho), na leitura dos resultados eleitorais do passado domingo, "conjugados com as notícias que têm vindo a público sobre os diversos posicionamentos das forças políticas envolvidas neste processo",começa por reconhecer que "em democracia a vontade é expressa pelo voto", considerando que "é crucial que os resultados eleitorais sejam interpretados de forma a refletir fielmente essa vontade".
Assim, conclui, "é imperativo respeitar a distribuição de votos e a correlação de forças resultantes, garantindo que todas sejam devidamente consideradas".
Nesse sentido, defende ser "essencial que se respeite a distribuição de votos e correlação de forças resultantes dessa mesma distribuição. Em democracia pretende-se que ninguém seja ignorado. Todas as forças partidárias envolvidas na cena política do país têm a obrigação constitucional e moral de assim agirem, no estrito respeito pelos resultados eleitorais que são o espelho da vontade do povo português", sinaliza, esta quinta-feira, 14 de março, em comunicado.
Com o país a atravessar "um momento crucial para o futuro da sua economia", a AEMinho acredita que "é importante que todos entendam que a estabilidade e viabilidade governativa são hoje, mais do que nunca, vitais para garantir o crescimento económico que almejamos, com a criação das condições necessárias para manter e aumentar a atratividade para o investimento externo, a criação de riqueza que são o único caminho para garantir melhores salários e melhores condições de vida aos portugueses".
Não obstante "a emergência económica que pode resultar de uma eventual estagnação governativa", a AEMinho nota que "existem problemas estruturais no país que carecem de resposta rápida, assertiva e eficiente", como "a saúde, a educação, a justiça e a assistência social", classificados como "pilares fundamentais de qualquer sociedade contemporânea e progressista", os quais, alerta, "estão num estado de decadência flagrante, configurando um cenário de emergência nacional".
Para a associação liderada por Ricardo Costa, "as intervenções nestas áreas pecarão já, amanhã, por tardias e não podem estar sujeitas a jogos partidários", assinala.
"Hoje, o interesse nacional tem de prevalecer. Este é o tempo da responsabilidade, da cooperação e do sentido de estado. Todos os deputados eleitos o devem aos portugueses, sem exceções. Esta não é a história do político ‘a’ ou ‘b’, do partido ‘x’ ou ‘y’. Esta é a história de um parlamento, democraticamente eleito, com uma tendência clara para promover a diversidade, o consenso e a união", aponta.
Nesse sentido, a AEMinho apela "a todas as forças políticas que reflitam sobre o seu papel, resultante das eleições, no quadro democrático do país e que ponham os interesses de Portugal à frente dos seus próprios interesses", defendendo que "a viabilidade governativa é essencial e os portugueses criaram, através do voto, todas as condições para que, com responsabilidade e espírito de cooperação, a governabilidade do país seja assegurada".