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28 January 2024
19h04
Source:
Jornal de Negócios
Pedro Nuno Santos diz que descentralização é um projeto político não um favor
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu este domingo, em Coimbra, que a descentralização não é um favor, mas um "projeto político" em que acredita convictamente.
"Nós não temos nenhum problema com a descentralização. Nós acreditamos convictamente na descentralização. Ela, para nós, não é um favor. Para nós, é um projeto político, é uma conceção da organização do poder político em Portugal", afirmou Pedro Nuno Santos, que discursava durante o Encontro Nacional de Autarcas do PS, que decorre no hotel Vila Galé, em Coimbra.
Admitindo que "o centralismo é uma realidade" que o país vive "há muitas décadas", o secretário-geral do PS reivindicou para o partido que lidera o papel de ter avançado "progressivamente" com a descentralização.
"Não é um favor que nós fazemos a ninguém. Nós simplesmente sabemos que há um conjunto de tarefas, atividades, decisões, que são mais bem tomadas e executadas por quem está no poder local", vincou.
Durante a sua intervenção, Pedro Nuno Santos recordou que a descentralização é "uma luta diária", incluindo dentro do próprio PS e do Governo que integrou.
A ministra da Coesão, "Ana Abrunhosa [presente no evento e primeiro nome na lista do PS do círculo de Coimbra], estava na frente da batalha, na frente de uma batalha que é difícil", notou o líder socialista, referindo que essa batalha é também difícil na "casa" socialista.
"É sempre difícil prescindirmos de competências. [...] É sempre difícil toda a gente delegar, descentralizar e esse é um trabalho que tem de ser feito", referiu.
Pedro Nuno Santos vincou que "não é promessa, não é conversa", mas sim "trabalho" feito pelo PS, nesse sentido.
"Nós [Pedro Nuno Santos e Ana Abrunhosa] partilhávamos uma visão de governação. Desde logo, ouvir, respeitar quem está no terreno, aprender com quem está no terreno, mas depois de discutir com muita gente e envolver tanta gente, chega a hora de decidir e quão difícil é, infelizmente, no nosso país, conseguirmos decidir e fazer", apontou.
O secretário-geral do PS recordou que o país tem problemas "diagnosticados há décadas, que estão nos programas, nos projetos", mas o grande desafio passa pela "capacidade de os concretizar".
"É isso que nos distingue: mais ação, menos promessa; mais ação, menos conversa. O nosso país só vai avançar se nós tivermos a capacidade de não estar sistematicamente a adiar, com dificuldade de enfrentar quem não quer a mudança, quem resiste. Decidir não é fácil, concretizar não é fácil [...], e só quando nós temos a ousadia de não ficarmos paralisados com o medo da crítica, com o medo dos erros que fazem parte da ação, só nesse dia é que o país vai avançar", asseverou.
Durante a sua intervenção, que durou cerca de meia hora e após a qual o evento foi fechado à comunicação social, Pedro Nuno Santos garantiu ainda que a promessa de eliminar todas as portagens nas antigas autoestradas sem custos para o utilizador (Scut) no interior e no Algarve será levada a um dos primeiros Conselhos de Ministros, caso seja eleito, a 10 de março.
"Nós não temos nenhum problema com a descentralização. Nós acreditamos convictamente na descentralização. Ela, para nós, não é um favor. Para nós, é um projeto político, é uma conceção da organização do poder político em Portugal", afirmou Pedro Nuno Santos, que discursava durante o Encontro Nacional de Autarcas do PS, que decorre no hotel Vila Galé, em Coimbra.
Admitindo que "o centralismo é uma realidade" que o país vive "há muitas décadas", o secretário-geral do PS reivindicou para o partido que lidera o papel de ter avançado "progressivamente" com a descentralização.
"Não é um favor que nós fazemos a ninguém. Nós simplesmente sabemos que há um conjunto de tarefas, atividades, decisões, que são mais bem tomadas e executadas por quem está no poder local", vincou.
Durante a sua intervenção, Pedro Nuno Santos recordou que a descentralização é "uma luta diária", incluindo dentro do próprio PS e do Governo que integrou.
A ministra da Coesão, "Ana Abrunhosa [presente no evento e primeiro nome na lista do PS do círculo de Coimbra], estava na frente da batalha, na frente de uma batalha que é difícil", notou o líder socialista, referindo que essa batalha é também difícil na "casa" socialista.
"É sempre difícil prescindirmos de competências. [...] É sempre difícil toda a gente delegar, descentralizar e esse é um trabalho que tem de ser feito", referiu.
Pedro Nuno Santos vincou que "não é promessa, não é conversa", mas sim "trabalho" feito pelo PS, nesse sentido.
"Nós [Pedro Nuno Santos e Ana Abrunhosa] partilhávamos uma visão de governação. Desde logo, ouvir, respeitar quem está no terreno, aprender com quem está no terreno, mas depois de discutir com muita gente e envolver tanta gente, chega a hora de decidir e quão difícil é, infelizmente, no nosso país, conseguirmos decidir e fazer", apontou.
O secretário-geral do PS recordou que o país tem problemas "diagnosticados há décadas, que estão nos programas, nos projetos", mas o grande desafio passa pela "capacidade de os concretizar".
"É isso que nos distingue: mais ação, menos promessa; mais ação, menos conversa. O nosso país só vai avançar se nós tivermos a capacidade de não estar sistematicamente a adiar, com dificuldade de enfrentar quem não quer a mudança, quem resiste. Decidir não é fácil, concretizar não é fácil [...], e só quando nós temos a ousadia de não ficarmos paralisados com o medo da crítica, com o medo dos erros que fazem parte da ação, só nesse dia é que o país vai avançar", asseverou.
Durante a sua intervenção, que durou cerca de meia hora e após a qual o evento foi fechado à comunicação social, Pedro Nuno Santos garantiu ainda que a promessa de eliminar todas as portagens nas antigas autoestradas sem custos para o utilizador (Scut) no interior e no Algarve será levada a um dos primeiros Conselhos de Ministros, caso seja eleito, a 10 de março.