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13 May 2024 15h31

Preços das rendas têm maior subida homóloga dos últimos 30 anos em abril

As rendas das casas por metro quadrado dispararam 7,1% em abril, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Esta é a maior subida homóloga desde dezembro de 1994, ou seja, dos últimos 30 anos, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

Em outubro do ano passado, a subida homóloga das rendas efetivas pagas pelos inquilinos atingiu o valor mais elevado desde o início deste século, destronando aquele que era o anterior máximo de 4,95%. Desde então, os preços ainda não pararam de subir e estão já a crescer ao maior ritmo desde a década de 1990.

No arranque deste ano, com o fim do travão às rendas, o valor médio do metro quadrado tocou quase os 6%. Com o fim da medida, os senhorios podem aumentar a renda a partir de janeiro até ao limite permitido por lei e calculado pelo INE que se fixou nos 6,94%. Em março, a subida homóloga foi de 6,9%, mais quatro décimas do que no mês precedente. As rendas estão agora acima dos 7%.

O INE dá conta de que todas as regiões do país apresentaram subidas homólogas no preço das rendas de habitação. Lisboa teve o maior subida (7,4%), à semelhança do que tem acontecido nos últimos meses. Em comparação com o mês de março, a região de Lisboa viu as rendas acelerarem duas décimas.



Para o cálculo deste índice ("rendas efetivas pagas por inquilinos"), a autoridade estatística considera o valor das rendas de habitação de todos os contratos em vigor e não apenas o valor mediano dos novos contratos, o que pode ser um indicador mais próximo do que se passa neste mercado e que tem uma base trimestral.

Em termos mensais, o valor médio das rendas de habitação por metro quadrado teve uma subida de 0,6%. O valor compara com 0,9% observados no mês anterior.

"A região com a variação mensal positiva mais elevada foi Lisboa (0,7%), não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação", refere o INE. Em março, a maior subida mensal tinha sido observada na região Norte e na região autónoma da Madeira (ambas com 1%).