A quebra do investimento, sobretudo, prejudicou o andamento da economia alemã no trimestre final de 2023, ano marcado por uma contração do PIB de 0,3%.
Os dados foram confirmados nesta sexta-feira pelo departamento federal de estatísticas da Alemanha, o Destatis, com a análise daqueles que foram os principais contributos para a quebra económica.
"A economia alemã terminou 2023 em território negativo. No trimestre final, a diminuição do investimento teve um efeito atenuador da atividade económica, enquanto o consumo aumentou ligeiramente", indicou Ruth Brand, presidente do Destatis, em nota estatística publica.
Após três trimestres iniciais de estagnação, a economia alemã sofreu uma contração de 0,3% no quatro trimestre, refletida em igual dimensão nos dados de final do ano. A Alemanha não entrou ainda em recessão, oficialmente, mas poderá fazê-lo no final do primeiro trimestre, caso os indicadores persistam a piorar.
Segundo avança nesta sexta-feira o Destatis, para a contração do final do último ano foi determinante a quebra do investimento, que diminuiu 1,9% em cadeia no quarto trimestre.
A formação bruta de capital com novos equipamentos e máquinas, em particular, caiu 3,5%, enquanto o investimento em construção se reduziu em 1,7%.
Também as exportações recuaram 1,6%, mas com as importações a quebrarem em ligeiramente maior medida, diminuindo 1,7%. Em todo o caso, com a procura externa a ter um contributo nulo para o PIB. "A moderação da procura externa, a persistência de tensões geopolíticas e os preços elevados da energia refletiram-se particularmente num comércio de bens mais fraco", indica o Destatis.
Apesar de tudo, os dados hoje publicados apontam para alguma melhoria do lado do consumo privado. As despesas finais de consumo das famílias subiram 0,2% no trimestre final de 2023. Já o consumo público avançou 0,3%.
