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29 April 2013
09h59
Source:
Jornal de Negócios
Rajoy defende a sua equipa e promete lutar contra as suas próprias previsões
Passados apenas dois dias desde que o governo de Mariano Rajoy arrasou as previsões económicas do próximo ano, que indicam que o Partido Popular (PP) irá concluir a legislatura com um maior número de desempregados do que quando a começou, que o presidente se encontra a trabalhar para alterar as previsões, noticia o “El País”.
De Granada, onde recebeu “solidariedade para com Espanha” do primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, com quem se reuniu, Rajoy lançou uma resposta muito preparada com uma mensagem política pensada para o seu eleitorado, que nele votou para parar com o aumento do desemprego, e que se encontra agora em pior situação, e para o seu partido, que já não sabe o que dizer.
“Realizámos umas previsões conservadores para serem credíveis. Mas fizemo-las com o intuito de as superar e de as tornar muito melhores”, explicou o presidente, contestando, assim, os seus próprio dados. O presidente conseguiu, assim, ganhar tempo e dar argumentos aos seus seguidores para acreditarem que os números previstos podem ser superados.
“Trata-se de trabalharmos todos para rever as previsões em baixa, para alterar as previsões feitas na sexta-feira”, insistiu. Contudo, e no seu habitual estilo, Rajoy também contrariou a sua intervenção, advertindo para a hipótese de ser possível que as previsões se cumpram, levando a que o desemprego registado em 2015 seja superior ao de 2011, em três pontos percentuais, o que será um revés económico, social, e político para o PP.
“É melhor dizer a verdade que fazer castelos no ar”, afirmou o presidente, para depois explicar que no fundo tudo se tratou de uma decisão política: divulgar o que se passa e prever o pior cenário possível para, talvez, melhorar e tirar partido dessa recuperação. “Podíamos ter feito outras previsões, mas acreditamos que é melhor explicar a realidade, ao invés de afirmarmos outras coisas. Isso não é jogar limpo com as pessoas, e por essa razão não o fizemos”.
Na realidade, fazer previsões optimistas era a aposta do governo. Pouco a pouco foi corrigindo-se, até ter alterado completamente a sua estratégia. Rajoy insistiu em injectar alguma dose de optimismo depois de uma semana muito dura. “As coisas podem avançar muito mais devagar. Tal como as coisas este ano na Europa foram piores do que era esperado. Por que razão não podemos duplicar o crescimento previsto? Logo veremos”.
O hecatombe político previsto esta semana para o PP, com os dados que alertam para 6,2 milhões de pessoas activas no desemprego, e com as previsões de sexta-feira, provocaram todo o tipo de especulações internas. A divisão na equipa económica do presidente é uma evidência. Rajoy, um homem do partido conhecedor desses movimentos, quis acabar com as incógnitas: não haverá alterações no governo.
Para além disso, o presidente quis fortalecer a sua equipa económica perante as evidentes tensões. “Não vou fazer nenhuma alteração no governo. Estou muito satisfeito com o trabalho que está a ser realizado pelos ministro da área economica e das demais, com o seu esforço e coragem no meio da maior crise económica dos últimos anos que coincidiu com uma recessão na Zona Euro, onde realizamos 60% das nossas exportações. Este processo nao é fácil, leva o seu tempo, e os resultados tardam em ver-se”.
A grande preocupação do PP é que as pessoas assumam que os populares, até agora com melhor fama de gestores que os socialistas, tenham piores resultados. No partido começa já a pensar-se nas consequências que isso teria nas eleições das regiões autónomas e municipais de Maio de 2015.
De Granada, onde recebeu “solidariedade para com Espanha” do primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, com quem se reuniu, Rajoy lançou uma resposta muito preparada com uma mensagem política pensada para o seu eleitorado, que nele votou para parar com o aumento do desemprego, e que se encontra agora em pior situação, e para o seu partido, que já não sabe o que dizer.
“Realizámos umas previsões conservadores para serem credíveis. Mas fizemo-las com o intuito de as superar e de as tornar muito melhores”, explicou o presidente, contestando, assim, os seus próprio dados. O presidente conseguiu, assim, ganhar tempo e dar argumentos aos seus seguidores para acreditarem que os números previstos podem ser superados.
“Trata-se de trabalharmos todos para rever as previsões em baixa, para alterar as previsões feitas na sexta-feira”, insistiu. Contudo, e no seu habitual estilo, Rajoy também contrariou a sua intervenção, advertindo para a hipótese de ser possível que as previsões se cumpram, levando a que o desemprego registado em 2015 seja superior ao de 2011, em três pontos percentuais, o que será um revés económico, social, e político para o PP.
“É melhor dizer a verdade que fazer castelos no ar”, afirmou o presidente, para depois explicar que no fundo tudo se tratou de uma decisão política: divulgar o que se passa e prever o pior cenário possível para, talvez, melhorar e tirar partido dessa recuperação. “Podíamos ter feito outras previsões, mas acreditamos que é melhor explicar a realidade, ao invés de afirmarmos outras coisas. Isso não é jogar limpo com as pessoas, e por essa razão não o fizemos”.
Na realidade, fazer previsões optimistas era a aposta do governo. Pouco a pouco foi corrigindo-se, até ter alterado completamente a sua estratégia. Rajoy insistiu em injectar alguma dose de optimismo depois de uma semana muito dura. “As coisas podem avançar muito mais devagar. Tal como as coisas este ano na Europa foram piores do que era esperado. Por que razão não podemos duplicar o crescimento previsto? Logo veremos”.
O hecatombe político previsto esta semana para o PP, com os dados que alertam para 6,2 milhões de pessoas activas no desemprego, e com as previsões de sexta-feira, provocaram todo o tipo de especulações internas. A divisão na equipa económica do presidente é uma evidência. Rajoy, um homem do partido conhecedor desses movimentos, quis acabar com as incógnitas: não haverá alterações no governo.
Para além disso, o presidente quis fortalecer a sua equipa económica perante as evidentes tensões. “Não vou fazer nenhuma alteração no governo. Estou muito satisfeito com o trabalho que está a ser realizado pelos ministro da área economica e das demais, com o seu esforço e coragem no meio da maior crise económica dos últimos anos que coincidiu com uma recessão na Zona Euro, onde realizamos 60% das nossas exportações. Este processo nao é fácil, leva o seu tempo, e os resultados tardam em ver-se”.
A grande preocupação do PP é que as pessoas assumam que os populares, até agora com melhor fama de gestores que os socialistas, tenham piores resultados. No partido começa já a pensar-se nas consequências que isso teria nas eleições das regiões autónomas e municipais de Maio de 2015.