O alívio adicional do IRS de 200 milhões de euros anunciado pelo primeiro-ministro vai abranger 513.000 famílias indicou esta quarta-feira o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio na intervenção durante o debate de urgência pedido pelo PS.
"A pergunta é saber se a redução do IRS vai no sentido certo ou no sentido errado?", questionou o ex-secertário de Estado dos Assuntos Fiscais do governo de Passos Coelho. "A redução do governo socialista ia até ao 5.º escalão. Esta vai até ao 8.º escalão", acrescentou o deputado centrista, apontando para um universo de 513 mil famílias a beneficiarem do adicional de alívio fiscal. Em causa, apontou Paulo Núncio, estão famílias com "rendimentos a partir dos 1.500 euros por mês".
De acordo com as estatísticas mais recentes do Fisco, referentes a 2022, do IRS liquidado em 2023, do 5.º ao 8.º escalão estão abrangidas 513.826 famílias
O debate de urgência pedido pelo PS, segue-se à polémica causada pelo anúncio de Luís Montenegro durante o debate do Programa do Governo de um desagravamento em sede de IRS de 1.500 milhões de euros. No entanto, o primeiro-ministro não esclareceu que já incluía os 1.330 milhões que já estão em vigor com o Orçamento do Estado do anterior governo de António Costa.
Para o CDS, o desgravamento fiscal poderia ser maior, mas ainda espera por mais medidas que estão prometidas pelo Governo. "Esperamos pela apresentação do Governo da redução do IRS jovem, da isenção sobre os prémios de desempenho, sobre a isenção sobre a poupança, a redução do IRC sobre as empresas e a isenção de IMT na compra de casas pelos jovens", afirmou Paulo Núncio.
