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Rendas continuam a aumentar. O que esperar em 2025?
No último ano, os preços das casas para arrendar em Portugal aumentaram 6,5%. De acordo com o portal imobiliário Idealista, arrendar uma casa custava 16,30 euros por metro quadrado no final de agosto, tendo em conta o valor mediano das rendas. Há um ano, custava menos um euro.
Se olharmos para o mapa, arrendar casa continua a ser mais caro em Lisboa e no Porto, mas foi em Coimbra que se verificou o maior crescimento homólogo. Na cidade dos estudantes, os preços disparam 16,7% e arrendar uma casa custa agora 11,20 euros por metro quadrado, ou seja, para um apartamento de 50 metros quadrados sai a cerca de 560 euros por mês.
Com aumentos acima dos 10% estão ainda Leiria (12,8%), Setúbal (11,4%) e Faro (10,2%). Aveiro foi a única capital de distrito onde as casas para arrendar ficaram mais baratas no último ano, numa queda de 1,4%.
O topo da tabela continua a pertencer a Lisboa e ao Porto. Na capital, o preço por metro quadrado das casas para arrendar atingiu os 21,80 euros. No Porto ficam por 17,40 euros por metro quadrado. Para arrendamentos mais amigos do bolso, destacam-se Castelo Branco (6,50 euros por metro quadrado), Viseu (7 euros), Leiria e Viana do Castelo (8,20 euros), Santarém (8,30 euros) e Braga (9,20 euros).
E o que esperar de 2025?
A atualização do valor das rendas dos prédios urbanos poderá ser no máximo de 2,16% no próximo ano, de acordo com os dados da inflação média dos últimos 12 meses, excluindo a habitação, apurada em agosto. Mas este valor apenas será confirmado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no fim de setembro.
O coeficiente da atualização anual de rendas é fixado anualmente por despacho do Governo. Esta atualização aplica-se sempre que outro mecanismo não tenha sido previsto por senhorios e inquilinos no contrato de arrendamento.
Também pode ser automaticamente aplicado pelos proprietários a partir do momento em que o contrato vigore há mais de um ano. Num exemplo prático, para uma renda de 1.000 euros, o aumento será de 22 euros.
Se se confirmar o aumento de 2,16%, esta variação a aplicar-se no próximo ano é bastante inferior à verificada nos últimos dois anos e reflete o abrandamento da subida dos preços.
Em 2023, os dados da inflação apontavam para subidas de 5,43%, mas o Governo optou por estabelecer um travão e o coeficiente ficou, artificialmente, nos 2%.
Este ano, o aumento previsto era de 6,94% e não houve travão. Para ajudar as famílias mais carenciadas, o apoio extraordinário às rendas foi reforçado em 4,9%.
Segundo os dados mais recentes do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), no final de julho estavam a receber este apoio 215,077 mil beneficiários.