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Socialistas europeus destacam "bom colega" , mas PPE lança dúvidas sobre futuro de Costa
O destino europeu do ex-primeiro-ministro português António Costa permanece incerto no arranque da cimeira informal de líderes do Conselho Europeu da qual se espera, nesta segunda-feira, a possibilidade de um acordo final quanto à distribuição de cargos das principais instituições após as eleições europeias.
A escolha dos cargos de topo das instituições europeias poderá ficar decidida esta noite ou apenas na próxima semana, com os líderes europeus reunidos nesta segunda-feira num Conselho Europeu informal no qual são poucas, para já, as expressões definitivas de apoio aos nomes mais apontados até aqui: Ursula von de Leyen, numa recondução para segundo mandato à frente da Comissão Europeia; António Costa para a presidência do Conselho Europeu; Roberta Metsola para retomar a liderança do Parlamento Europeu; e Kaja Kallas, para a representação externa da UE.
A expectativa de um acordo "rápido" tem sido defendida por alguns líderes europeus, nas declarações ao longo do dia em Bruxelas – por exemplo, por Olaf Scholz, o chanceler alemão –, mas nem todos esperam a conclusão de um acordo durante esta noite. Irlanda e Eslováquia estão entre os países que atiram uma decisão final para a "cimeira oficial" de 26 e 27 de junho.
Entre o Partido Popular Europeu (PPE), houve pelo menos dois sinais de incerteza sobre se o nome de António Costa poderá avançar de imediato. Primeiro, da parte de Donald Tusk, o primeiro-ministro polaco, que indicou a necessidade de alguma "clarificação pública" sobre as suspeitas que envolveram o ex-chefe de Governo português na Operação Influencer, de acordo com o Politico. Segundo a mesma publicação, também o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, disse haver receios no PPE de que Costa não seja "firme o suficiente" na questão da Ucrânia.
Da mesma família política, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, voltou a garantir apoio à escolha de António Costa, minimizando as dúvidas que possam ser nesta altura levantadas. "É normal que durante estes dias haja sempre questões a serem suscitadas relativamente a todos os órgãos e a todos os potenciais candidatos", referiu, em declarações à entrada para o encontro informal de líderes, transmitidas pela RTP.
"A minha expectativa é que se a família socialista europeia escolher António Costa como candidato a ocupar um elevado cargo – no caso, o que se vai perspetivando e desenhando, poderá ser a presidência do Conselho Europeu – estou convencido que ela terá sucesso", afirmou. De resto, reiterou, o Governo "terá todo o empenho em poder sustentá-la, apoiá-la, e poder levá-la a bom porto".
Noutras famílias políticas distantes da de António Costa, parecem não subsistir dúvidas. O primeiro-ministro esloveno, do grupo dos liberais do Renovar Europa, afastou qualquer duvida sobre o processo judicial que envolve o ex-primeiro-ministro português e garantiu apoio pela "muita experiência, muita sabedoria" de Costa. "Tive as minhas clarificações da parte dele. Contudo, se Donald Tusk quiser ouvir mais, esta noite é a oportunidade ideal", afirmou na declarações aos jornalistas à entrada para a reunião.
Já a família do Partido Socialista Europeu (S&D) deverá indicar "conjuntamente" a escolha do nome que deseja ver na liderança do Conselho Europeu, segundo explicou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, antes apontada como possível escolha para o lugar. "O António é um bom colega para todos nós no Partido Socialista Europeu", avançou, esclarecendo ao mesmo tempo que não será escolha do S&D.
A dinamarquesa está entre os líderes que defendem que uma decisão seja tomada "o mais rapidamente possível".
Nem todos os líderes europeus pensam, porém, da mesma forma. O primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, defendeu à entrada para o Conselho que "não haverá decisões esta noite".
Ponderando os nomes de Costa e de Kaja Kallas, o irlandês defendeu que são "ambos boas pessoas". Contudo, considerou importante que a reunião de segunda-feira sirva, primeiro, para fazer um balanço dos resultados das europeias e procurar um "pacote equilibrado" de representação dos Estados-membros nas novas lideranças.
Também o Presidente da Eslováquia, Peter Pellegrini, em substituição do primeiro-ministro do país, alvejado e em recuperação, disse esperar decisões apenas na próxima semana. "Provavelmente, se tudo correr bem, na cimeira oficial teremos um acordo".
O eslovaco pediu ainda cautela da escolha para o cargo de representação externa da UE no atual contexto geopolítico e de guerra. "Temos de ser muito cuidadosos quanto a quem representa a UE a nível internacional", defendeu.