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Tarifas da UE sobre veículos da China avançam. Quase metade dos países abstêm-se
A União Europeia aprovou esta sexta-feira tarifas sobre os veículos elétricos chineses que podem chegar a 45%. Uma decisão que deverá aumentar as tensões comerciais com a China.
Ainda assim, vários países abstiveram-se na votação. Apesar de os resultados não serem públicos, a Bloomberg e a Euronews avançam que 12 países abstiveram-se, cinco votaram contra, incluindo a Alemanha e a Hungria, e 10 votaram a favor, incluindo França, Itália e os Países Baixos.
Berlim seguiu a intenção que já tinha manifestado e votou contra. O governo liderado por Olaf Scholz foi fortemente pressionado pelas maiores fabricantes automóveis do país.
A China é um dos principais mercados para as fabricantes automóveis alemãs e representa um terço das vendas. As empresas receiam que o governo chinês imponha medidas de retaliação e temem entrar em conflito com o segundo maior parceiro comercial da Alemanha.
De acordo com a Reuters, Portugal, juntamente com a Grécia e a Polónia, tinha intenção de votar a favor da medida, mas desconhece-se ainda o sentido de voto português.
O elevado número de abstenções demonstra as dúvida no seio dos 27 relativamente à abordagem europeia à China. Apesar de ser politicamente consensual que as más práticas de Pequim merecem uma resposta robusta, os receios de uma quebra nas relações comerciais têm inibido vários países.
A Comissão alega que as tarifas são necessárias para compensar o acesso facilitado que as fabricantes chinesas têm a crédito, terrenos e matérias-primas e outras condições favoráveis, e têm como objetivo "equilibrar o terreno de jogo".
A proposta é, ainda assim, menos restritiva do que as tarifas de 100% dos EUA decididas pela Casa Branca em maio. A Comissão refere que não quer afastar totalmente as fabricantes chinesas do mercado europeu.
Em atualização