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27 May 2013 09h37

Troika diz que ainda é cedo para flexibilizar metas do défice de 2014

“A troika considera que não existem sinais na evolução da economia face ao cenário da sétima avaliação que sustentem para já a necessidade de uma nova revisão da meta orçamental para 2014”, noticia esta segunda-feira, 27 de Maio, o “Diário Económico”.
 
A posição da troika surge depois de Pedro Passos Coelho ter admitido que a flexibilização das metas orçamentais de 2014 “poder ser importante”. "Não é de excluir, por parte do Governo, que uma flexibilização dessas metas possa ser importante para 2014", afirmou o primeiro-ministro no debate quinzenal da passada sexta-feira, 27 de Maio. Contudo, acrescentou Passos Coelho, "devemos fazer o que está ao nosso alcance para poder respeitar os limites que acordámos".
 
Segundo a edição de hoje do “Diário Económico”, a troika “está aberta a que o assunto venha a ser discutido em revisões futuras caso se materializem riscos económicos e orçamentais fora do controlo do Governo”. Mas, para já, ainda não vê razões para flexibilizar as metas de 2014.
 
Esta não é a primeira vez que o Governo português admite uma flexibilização das metas orçamentais de 2014. Já este mês, Paulo Portas indicou que "o limite de 4% do défice em 2014 é difícil de conseguir", acrescentando que "o disse à troika" e que o Executivo "defendeu um objectivo mais realista".
 
Desde o início do programa de ajustamento português, as metas orçamentais já foram ajustadas por duas vezes. Em Setembro de 2012, aquando da 5ª revisão, a meta de 2012 passou de 4,5% para 5%, a de 2013 passou de 3% para 4,5% e a de 2014 passou de 2,3% para 2,5%.
 
Já este ano, durante a sétima avaliação da troika, a meta deste ano passou de 4,5% para 5,5%, a de 2014 de 2,5% para 4% e a de 2015 de 1,9% para 2,5%.