- O Banco
- Pessoas
- Todos os Serviços
- Private Banking
-
Poupança e Investimento
- Conceito Poupança e Investimento
- Soluções
- Tipologias do Investidor
- Abordagem de Investimento
- Equipa
- Contactos
- Plataformas GoBulling
- Institucionais e Empresas
- Insights
- Login My.BancoCarregosa
- Contactos
Insira o seu Utilizador para ter acesso ao seu Banco. complete a sua autenticação no ecrã seguinte.
Se ainda não é cliente abra a sua conta aqui ou contacte-nos para mais informações
Faça o seu login
Marcas desportivas devem redefinir estratégias para estancar perdas em bolsa

Mercados a Em bolsa, marcas como a Nike e Adidas desvalorizaram muito nos últimos cinco anos. Redefinir estratégias é imperativo, avisam os analistas de mercado ouvidos pelo JE.
As principais marcas desportivas têm enfrentado vários desafios ao nível da sua valorização de mercado e nas estratégias que apresentam para valorizar os seus negócios. Nike (EUA), Adidas e Puma (Alemanha), e Under Armour (EUA), têm presença nos mercados financeiros, mas nos últimos cinco anos, têm estado no vermelho, com desvalorizações que variam entre os 59% e os 20%. A On (Suíça) é outro player que está a ganhar espaço nesta área e é a única a estar no verde desde 2019.
Por avaliação de mercado. a Nike lidera o setor com uma capitalização bolsista de 106,1 mil milhões de dólares, mas nos últimos cinco anos, teve uma desvalorização de 29,3% nas suas ações, e em 2024, acabou por mudar de CEO. A Adidas apresenta uma cotação de mercado de 44,1 mil milhões de euros, mas perdeu nos últimos cinco anos 20,6% do seu valor em bolsa. A Puma vale 6,5 mil milhões de euros nos mercados, mas perdeu 39,8% nas ações, e a Under Armour está avaliada em 3,3 mil milhões de dólares, acumula perdas nos mercados de 59%. A On com uma avaliação bolsista de 17,9 mil milhões de dólares, valorizou 42,5%, nos últimos cinco anos.
Por quota de mercado, em 2023, de acordo com um relatório da agência de rating Standard & Poor, a Nike tinha 15,8%, a Adidas (8,3%), a Puma (2,6%), a Under Armour (2,1%).
O head of trading do Banco Carregosa, João Queiroz, diz ao JE, referindo-se à Nike, que a mudança na liderança da empresa, para Elliott Hill surgiu num "momento determinante” para a empresa, e salienta que existem "sinais preliminares de uma possível recuperação” para a marca desportiva norte-americana, apesar dos últimos resultados, apresentados em dezembro, terem dado perdas de 8% nas receitas ajustadas, uma descida de 1% na margem bruta, e inventários que se mantiveram constantes em oito mil milhões de dólares. "A Nike demonstrou progresso na redução de custos e encargos com logística e de produção, enquanto os descontos aplicados para escoar inventário preparam o terreno para a introdução de novos produtos no outono de 2025. Sob a liderança de Elliott Hill, a empresa foca-se em recentrar a sua estratégia no desporto, promovendo inovação e fortalecendo os canais digitais e de retalho. O seu histórico de sucesso em liderar áreas chave na Nike inspira confiança numa recuperação gradual, embora os resultados significativos só devam ser visíveis a partir do ano fiscal de 2026”, explica João Queiroz.
O analista da XTB, Henrique Tomé, salienta que o sector do retalho "é um dos mais vulneráveis” às condições económicas, e a Nike, mesmo com a substituição que fez no seu CEO, "já enfrentava atualmente vários desafios” relacionados com a conjuntura económica mundial. "As principais economias têm dado cada vez mais sinais de abrandamento económico que acaba por se traduzir numa diminuição do consumo, principalmente de bens não essenciais, como os produtos da Nike”, diz o analista da XTB.
Henrique Tomé refere que o cenário poderá agravar-se durante 2025, tendo em conta que as projeções económicas para este ano estão a apontar para uma "desaceleração adicional” face a 2023 e 2024.
Ruben Pires