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04 fevereiro 2024 23h30

Açores: AD vence mas fica a três deputados da maioria absoluta

A coligação PSD/CDS-PP/PPM (AD Açores) venceu hoje as eleições regionais dos Açores, mas ficou três deputados da maioria absoluta, quando estão apuradas todas as freguesias, segundo dados oficiais provisórios.

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a coligação, que governa a região desde 2020, conseguiu 42,08% dos votos e 26 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 57 deputados.

Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.

Ventura diz que só haverá estabilidade com acordo de governo

O presidente do Chega considerou que o resultado do seu partido nas eleições dos Açores, com a eleição de cinco deputados, é uma "grande vitória" e afirmou que "só haverá estabilidade" com um acordo de governo.

"Só haverá estabilidade governativa nos Açores se houver acordo de governo para os próximos quatro anos. Vamos trabalhar a partir de hoje, e amanhã, para que esse acordo seja possível", afirmou André Ventura.

Em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, o líder do Chega destacou o "crescimento exponencial" do partido, que passou de dois para cinco eleitos na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.

Abstenção menor do que em 2020

A abstenção nas eleições fixou-se nos 49,67%, representando uma maior afluência às urnas em relação às eleições anteriores, segundo dados provisórios.

De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), estavam inscritos nestas eleições 229.830 eleitores e votaram 115.662, o que significa uma abstenção de 49,67% do total.

Nas últimas eleições legislativas regionais, em 2020, a abstenção fixou-se em 54,59%, a segunda maior de sempre, a seguir à de 2016, ano em que a abstenção nas eleições regionais açorianas atingiu 59,15%, um recorde absoluto nestes sufrágios.