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Aliados dos EUA relutantes sobre "task-force" para proteger Mar Vermelho
Uma semana depois de ter começado a ronda de conversas para reforçar a "task-force" para proteger os navios no Mar Vermelho, o presidente dos EUA está com dificuldade em convencer os aliados a juntarem-se à missão internacional que conta com mais de 20 países.
Joe Biden contava apresentar uma resposta firme aos ataques das milícias houthis do Iémen a navios que viajam pela região do Mar Vermelho, mas parece estar a ter dificuldades, segundo a Reuters. Dois dos aliados europeus, nomeadamente Itália e Espanha, emitiram declarações que dão conta de um distanciamento da missão Operation Prosperity Guardian.
A relutância de alguns aliados dos EUA em vincularem-se a este movimento estará relacionado com as fissuras criadas pelo conflito em Gaza, com Joe Biden a manter um apoio firme a Israel, mesmo com o aumento das críticas internacionais sobre a ofensiva que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, já levou à morte de pelos menos 21.000 palestinianos.
"Os governos europeus estão muito preocupados que parte do seu potencial eleitorado se volte contra eles", disse à Reuters David Hernandez, professor de relações internacionais na Universidade de Madrid, acrescentado que, de uma forma geral, os europeus estão cada vez mais críticos em relação a Israel e receosos quanto à escalada do conflito.
Em causa estão ataques das milícias houthis do Iémen a navios que têm viajam pela região do Mar Vermelho, na rota de Bab al-Mandab, que tem o nome do estreito por onde passa, ao largo do Iémen. Os ataques do grupo decorrem há várias semanas, mas intensificaram-se em meados de dezembro.
Cerca de 30% do comércio mundial de contentores passa pelo Canal do Suez. Esta é uma importante rota particularmente para o transporte de crude e combustíveis da região do Golfo em direção ao Mediterrâneo, seja através do Canal do Suez, ou do oleoduto SUMED – que vai do Mar Vermelho até ao Mediterrâneo, atravessando o Egito.