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01 julho 2024 22h48

Arranca na Grécia reforma que permite semana de seis dias de trabalho

A Grécia tem desde hoje em vigor uma reforma legislativa que permite uma semana de trabalho de seis dias até um total de 48 horas de trabalho voluntário, uma iniciativa para melhorar a produtividade e atrair investimento estrangeiro.

A iniciativa do governo conservador liderado pelo primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis tem também como objetivo melhorar a utilização de trabalhadores qualificados e reduzir a economia paralela.

A inflação obrigou muitos trabalhadores a procurar um segundo emprego, mas esta medida visa melhorar as condições de um trabalho único.

O prolongamento do horário de trabalho só se aplicará a determinados setores, como as fábricas ou as pequenas empresas, bem como às empresas que prestam serviços ininterruptos. O turismo e o setor da hotelaria e restauração foram excluídos.

A medida foi duramente criticada pelos sindicatos, que a consideram contrária aos direitos laborais e sublinham que vai contra a tendência registada noutros países europeus, como a Alemanha, a Bélgica, a França, a Islândia e o Reino Unido, que propõem a redução do número de horas semanais para menos de 40 ou mesmo a redução do número de dias de trabalho de cinco para quatro, com turnos de dez em vez de oito horas.

Para Akis Sotiropoulos, do sindicato dos funcionários públicos Adedy, "isto é uma barbaridade". "Não faz qualquer sentido. Quando quase todos os outros países civilizados aplicam uma semana de quatro dias, a Grécia decide ir na direção oposta", lamentou.