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11 outubro 2023 19h19

Atas da Fed acenam como juros elevados durante "mais algum tempo"

Os responsáveis da Reserva Federal (Fed) norte-americana decidiram, na última reunião de política monetária, a 19 e 20 de setembro, deixar os juros diretores inalterados, que continuam assim no intervalo entre 5,25% e 5,5%  – máximos de 22 anos -, e sinalizaram mais uma subida ainda este ano. Agora, as atas do encontro revelam esse mesmo espírito.

 

Em julho, a taxa dos fundos federais passou para o atual intervalo, após a autoridade monetária liderada por Jerome Powell se ter decidido por um aumento de 25 pontos base – isto depois de, na reunião de junho, ter feito uma pausa no ciclo de subidas dos juros diretores.

 

Agora, apesar de a economia norte-americana estar a revelar resiliência – mostrando que resiste ao embate da subida dos juros e levando a que o banco central possa manter a política monetária restritiva –, as pressões inflacionistas voltaram a estar na ordem do dia, muito à conta do aumento dos preços do petróleo. Ainda assim, a Fed decidiu-se pelo "status quo" na reunião de setembro, mas deverá elevar mais os juros este ano, já que o "dot plot" - mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores - coloca a taxa diretora entre 5,4% e 5,6% no final de 2023.

 

Nas atas hoje divulgadas, os decisores da Fed referem que a política monetária do banco central deveria manter-se restritiva durante "mais algum tempo"para continuar a arrefecer a inflação.

 

"Os participantes consideraram, em geral, que com o posicionamento da política monetária em território restritivo, os riscos de cumprimento das metas do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) ficaram mais equilibrados", referem as atas.

 

Além disso, "todos os participantes concordaram que o FOMC está numa posição de "avançar cuidadosamente" e que as decisões de política monetária serão mais dependentes dos dados económicos e terão em consideração "o equilíbrio de riscos".