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17 setembro 2024 17h45

Banco de Espanha mais otimista vê país vizinho a crescer 2,8% este ano

O Banco de Espanha reviu em forte alta as previsões de crescimento económico do país vizinho quer para este ano quer para o próximo. As projeções divulgadas esta terça-feira apontam agora para que o produto interno bruto (PIB) aumente 2,8% este ano, em vez dos 2,3% anteriormente estimados. Já para 2025, as previsões são de uma expansão de 2,2%, mais três décimas do que o antecipado.


Em simultâneo, o banco central de "nuestros hermanos", agora presidido por José Luis Escrivá, reviu em baixa ligeira a taxa de inflação para este ano, apontando agora para 2,9% - menos uma décima do que anteriormente previa - mas antecipa um valor de 2,1% em 2025, mais uma décima do que nas anteriores previsões.

O Banco de Espanha sustenta a revisão em alta das previsões para o PIB com a "notável robustez da economia espanhola", apoiada no aumento da população - através da imigração -, com a resiliência da indústria espanhola face às de outros países europeus e, sobretudo, com o elevado contributo da procura externa.

O diretor-geral de Economia e Estatística do Banco de Espanha, Ángel Gavilán, explicou, em conferência de imprensa, que o principal impulsionador da revisão em alta é o efeito de arrastamento que resulta dos novos dados das contas nacionais trimestrais publicadas no final de julho pelo Instituto Nacional de Estatística espanhol.

Esses dados indicavam que o crescimento em cadeia no segundo trimestre foi de 0,8%, acima do esperado e idêntico ao registado nos primeiros três meses do ano. Além disso, os mais recentes indicadores de conjuntura sugerem que o crescimento económico no terceiro trimestre se cifre em 0,6%.

O Banco de Espanha mostra-se, assim, mais otimista do que o Governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que apontam para um crescimento de 2,4%, ou que a Comissão Europeia, que prevê uma expansão do PIB na ordem dos 2,1%.


A revisão em alta do crescimento previsto para o próximo ano e para 2026 deve-se, em grande medida, a um cenário futuro de taxas de juro de referência mais baixas do que aquele que servia de pressuposto para as anteriores previsões, em junho. Outro fator que justifica o maior otimismo é a previsão de um contributo mais elevado da procura externa e um ligeiro abrandamento nas importações.