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11 setembro 2023
10h06
Fonte:
Jornal de Negócios
Bruxelas revê em baixa PIB da Zona Euro para 0,8% este ano. Inflação deve abrandar mais
A Comissão Europeia reviu esta segunda-feira em baixa as projeções de crescimento económico para a Zona Euro, mostrando-se mais pessimista com o crescimento dos países da moeda única. Em vez de 1,1%, Bruxelas antecipa agora que o PIB da Zona Euro cresça 0,8% este ano.
Nas previsões económicas de verão divulgadas esta segunda-feira, o executivo comunitário explica este maior pessimismo sobre a evolução da economia na Zona Euro com o facto de a economia da Zona Euro ter crescido menos do que o esperado nos primeiros seis meses do ano.
"Os dados mais recentes confirmam que a atividade económica na UE foi moderada no primeiro semestre de 2023 depois dos fortes choques que a UE sofreu. A fraca procura interna, em particular no consumo, mostra que os preços elevados e ainda crescentes no consumidor para a maioria dos bens e serviços estão a ter um impacto mais pesado do que o esperado nas previsões da primavera", refere a Comissão Europeia.
Para a União Europeia a 27, a Comissão Europeia projeta um crescimento também de 0,8% este ano, em linha com as projeções de crescimento da Zona Euro, quando nas últimas projeções, divulgadas em maio, previa que o PIB da UE se expandir-se 1%.
A Comissão Europeia reviu também em baixa as previsões económicas para 2024. Bruxelas prevê que a economia da Zona Euro cresça 1,3%, quando antes esperava uma expansão de 1,6%. Na UE, Bruxelas estima que o PIB acelere 1,4%, em vez dos 1,7% avançados anteriormente.
"Espera-se que o crescimento mais fraco na UE se prolongue até 2024, e o impacto da política monetária restritiva continue a restringir a atividade económica. No entanto, prevê-se uma ligeira recuperação do crescimento para o próximo ano, à medida que a inflação continua a diminuir, o mercado de trabalho permanece robusto e o rendimento real das famílias recupera gradualmente", diz.
Inflação desacelera mais do que o esperado este ano
No que toca à inflação, Bruxelas prevê que o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) abrande mais do que o inicialmente avançado, atingindo 5,6% este ano. Nas últimas previsões, apontava para uma inflação anual de 5,8% entre os 20 países da moeda única. Na UE, a inflação estimada é agora de 6,5% para 2023, o que compara com os anteriores 6,7%.
Para o próximo ano, a Comissão Europeia antevê que a inflação se fixe num valor ligeiramente acima do que tinha avançado, chegando aos 2,9% (e não 2,8% como avançado anteriormente) nos países da Zona Euro. Para o conjunto da União Europeia, a inflação prevista por Bruxelas é de 3,2%, em vez de 3,1%.
Nas previsões económicas de verão divulgadas esta segunda-feira, o executivo comunitário explica este maior pessimismo sobre a evolução da economia na Zona Euro com o facto de a economia da Zona Euro ter crescido menos do que o esperado nos primeiros seis meses do ano.
"Os dados mais recentes confirmam que a atividade económica na UE foi moderada no primeiro semestre de 2023 depois dos fortes choques que a UE sofreu. A fraca procura interna, em particular no consumo, mostra que os preços elevados e ainda crescentes no consumidor para a maioria dos bens e serviços estão a ter um impacto mais pesado do que o esperado nas previsões da primavera", refere a Comissão Europeia.
Para a União Europeia a 27, a Comissão Europeia projeta um crescimento também de 0,8% este ano, em linha com as projeções de crescimento da Zona Euro, quando nas últimas projeções, divulgadas em maio, previa que o PIB da UE se expandir-se 1%.
A Comissão Europeia reviu também em baixa as previsões económicas para 2024. Bruxelas prevê que a economia da Zona Euro cresça 1,3%, quando antes esperava uma expansão de 1,6%. Na UE, Bruxelas estima que o PIB acelere 1,4%, em vez dos 1,7% avançados anteriormente.
"Espera-se que o crescimento mais fraco na UE se prolongue até 2024, e o impacto da política monetária restritiva continue a restringir a atividade económica. No entanto, prevê-se uma ligeira recuperação do crescimento para o próximo ano, à medida que a inflação continua a diminuir, o mercado de trabalho permanece robusto e o rendimento real das famílias recupera gradualmente", diz.
A Comissão Europeia alerta, no entanto, para a existência de vários riscos, nomeadamente "a guerra da Rússia contra a Ucrânia e as tensões geopolítica". "Além disso, o aperto monetário pode pesar sobre a atividade económica de uma forma mais forte do que o esperado, mas também poderia levar a um abrandamento mais rápido da inflação do que o que poderá acelerar na recuperação dos rendimentos reais. Em contrapartida, as pressões sobre os preços poderão revelar-se mais persistentes", acrescenta.
Inflação desacelera mais do que o esperado este ano
No que toca à inflação, Bruxelas prevê que o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) abrande mais do que o inicialmente avançado, atingindo 5,6% este ano. Nas últimas previsões, apontava para uma inflação anual de 5,8% entre os 20 países da moeda única. Na UE, a inflação estimada é agora de 6,5% para 2023, o que compara com os anteriores 6,7%.
Para o próximo ano, a Comissão Europeia antevê que a inflação se fixe num valor ligeiramente acima do que tinha avançado, chegando aos 2,9% (e não 2,8% como avançado anteriormente) nos países da Zona Euro. Para o conjunto da União Europeia, a inflação prevista por Bruxelas é de 3,2%, em vez de 3,1%.