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09 maio 2013 12h07

Carlos Silva: O que afasta a UGT da CGTP são os 5 km entre a Gago Coutinho e o Chiado

Carlos Silva, secretário-geral da UGT, manifestou esta quinta-feira uma forte abertura para convergir com a CGTP na “forma de luta” contra as políticas que estão a ser seguidas pelo actual Governo.
 
Após um encontro entre as duas centrais sindicais (a primeira com as actuais lideranças), Carlos Silva revelou que em mais de 90% das questões há convergência entre a UGT e a CGTP, sendo que os responsáveis da central sindical que lidera estão “disponíveis para criar pontos de convergência” com a CGTP.
 
Questionado pelos jornalistas sobre o que afasta as duas centrais sindicais, Carlos Silva afirmou que eram os cinco quilómetros que separam as sedes da UGT (na Gago Coutinho) da CGTP (no Chiado).
 
Ainda assim, Carlos Silva reconhece que as duas centrais sindicais “não estão completamente em uníssono”, mas é claro que “estão imbuídas do mesmo espírito” de luta contra as medidas do Governo e pela defesa dos trabalhadores.
 
Sobre o que une a UGT e a CGTP, Carlos Silva citou o aumento do salário mínimo nacional, a necessidade de serem revistas e publicadas as portarias de extensão e exigir ao Governo que discuta de forma séria as suas propostas e não as apresente em documentos fechados.
 
Carlos Silva comentou ainda os dados do desemprego revelados esta manhã pelo INE, que apontam para uma subida da taxa para 17,7% no primeiro trimestre, afectando já mais de 950 mil trabalhadores.
 
Para Carlos Silva, é “fundamental” que os documentos que estão a ser preparados e apresentados pelo Governo contenham medidas para “promover o crescimento e o emprego”.
 
O líder da CGTP afirmou que no Documento de Estratégia Orçamental o Governo estima que o desemprego vai, em 2017, continuar em níveis iguais aos verificados hoje, o que “não queremos que aconteça”.