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10 abril 2024
13h30
Fonte:
Jornal de Negócios
Católica revê previsão de crescimento em alta para 1,5% neste ano
O gabinete de previsões e análise económica da Universidade Católica, Necep, reviu nesta quarta-feira em alta as perspetivas de crescimento para a economia portuguesa. O cenário central das previsões aponta agora para uma subida do PIB em 1,5% em 2024, mais 0,5 pontos percentuais face às anteriores previsões, devido ao desempenho económico acima do esperado no final do ano passado e àquele que é esperado também dos primeiros três meses do ano que corre.
No quarto trimestre de 2023, o PIB registou uma subida em cadeia de 0,7% (valor revisto pelo INE face aos 0,8% da primeira estimativa), fator que permitiu elevar o ponto de partida para a atividade em 2024. Os dados do primeiro trimestre deste ano ainda não são conhecidos, mas as novas previsões trimestrais da Católica hoje divulgadas apontam para 0,5% de subida em cadeia, ainda que com alguma incerteza. Em termos homólogos, a variação no PIB será de 1,2%.
A publicação refere que "os indicadores de alta frequência transmitem sinais mistos compatíveis com um crescimento mais elevado ou próximo da estagnação".
A confirmar-se a previsão, os 0,5% de subida representarão um abrandamento face ao final de 2023, mas com a nota da Católica a assinar melhorias, nesta altura, na conjuntura europeia. Apesar disso, a Zona Euro deverá ter atravessado ainda mais um trimestre de estagnação, refere a folha trimestral.
Assim, o novo ponto central da estimativa de crescimento para este ano sobe aos 1,5%, "na sequência do crescimento robusto observado no quarto trimestre de 2023 e do previsto para o primeiro trimestre do ano".
Para 2025 e 2026, as previsões do cenário central da Católica apontam para 1,8% e 2% de crescimento, respetivamente.
Entre as principais instituições nacionais, o Banco de Portugal apontou em março para 2% de crescimento médio anual neste ano (0,7% de subida do PIB em cadeia no primeiro trimestre), enquanto o Conselho das Finanças Públicas, nesta terça-feira, manteve inalteradas as previsões para 2024, esperando apenas 1,6% de crescimento.
Segundo a Católica, apesar da quadro parlamentar altamente fragmentado e das dificuldades que o novo Governo poderá enfrentar em fazer passar medidas do seu programa económico, "o novo contexto político não parece alterar o essencial do cenário macroeconómico".
"Os fatores determinantes continuam a ser as elevadas taxas de juro e a fragilidade da atividade económica na zona euro, em particular na Alemanha e França", reflete a nota, juntando que "a possível melhoria do investimento, após um fraco desempenho em 2023, pode ser insuficiente para compensar o crescimento moderado das exportações, mesmo com uma
situação relativamente favorável em Espanha, o nosso principal parceiro comercial".
Quanto às perspetivas orçamentais para este ano, a Católica vê como pouco provável uma revisão do Orçamento do Estado para 2024 deixado pelo anterior Governo. "A fragmentação do Parlamento que resultou das últimas eleições legislativas tornou mais difícil a aprovação de documentos orçamentais por uma maioria qualificada. Desta forma, não é certo que venha a ser apresentado um Orçamento Retificativo para 2024, fruto dos riscos políticos envolvidos".
De acordo com o Conselho das Finanças Públicas, sem nova medidas nesta ano o saldo orçamental das administrações públicas deverá atingir 0,5% do PIB.
No quarto trimestre de 2023, o PIB registou uma subida em cadeia de 0,7% (valor revisto pelo INE face aos 0,8% da primeira estimativa), fator que permitiu elevar o ponto de partida para a atividade em 2024. Os dados do primeiro trimestre deste ano ainda não são conhecidos, mas as novas previsões trimestrais da Católica hoje divulgadas apontam para 0,5% de subida em cadeia, ainda que com alguma incerteza. Em termos homólogos, a variação no PIB será de 1,2%.
A publicação refere que "os indicadores de alta frequência transmitem sinais mistos compatíveis com um crescimento mais elevado ou próximo da estagnação".
A confirmar-se a previsão, os 0,5% de subida representarão um abrandamento face ao final de 2023, mas com a nota da Católica a assinar melhorias, nesta altura, na conjuntura europeia. Apesar disso, a Zona Euro deverá ter atravessado ainda mais um trimestre de estagnação, refere a folha trimestral.
Assim, o novo ponto central da estimativa de crescimento para este ano sobe aos 1,5%, "na sequência do crescimento robusto observado no quarto trimestre de 2023 e do previsto para o primeiro trimestre do ano".
Para 2025 e 2026, as previsões do cenário central da Católica apontam para 1,8% e 2% de crescimento, respetivamente.
Entre as principais instituições nacionais, o Banco de Portugal apontou em março para 2% de crescimento médio anual neste ano (0,7% de subida do PIB em cadeia no primeiro trimestre), enquanto o Conselho das Finanças Públicas, nesta terça-feira, manteve inalteradas as previsões para 2024, esperando apenas 1,6% de crescimento.
Segundo a Católica, apesar da quadro parlamentar altamente fragmentado e das dificuldades que o novo Governo poderá enfrentar em fazer passar medidas do seu programa económico, "o novo contexto político não parece alterar o essencial do cenário macroeconómico".
"Os fatores determinantes continuam a ser as elevadas taxas de juro e a fragilidade da atividade económica na zona euro, em particular na Alemanha e França", reflete a nota, juntando que "a possível melhoria do investimento, após um fraco desempenho em 2023, pode ser insuficiente para compensar o crescimento moderado das exportações, mesmo com uma
situação relativamente favorável em Espanha, o nosso principal parceiro comercial".
Quanto às perspetivas orçamentais para este ano, a Católica vê como pouco provável uma revisão do Orçamento do Estado para 2024 deixado pelo anterior Governo. "A fragmentação do Parlamento que resultou das últimas eleições legislativas tornou mais difícil a aprovação de documentos orçamentais por uma maioria qualificada. Desta forma, não é certo que venha a ser apresentado um Orçamento Retificativo para 2024, fruto dos riscos políticos envolvidos".
De acordo com o Conselho das Finanças Públicas, sem nova medidas nesta ano o saldo orçamental das administrações públicas deverá atingir 0,5% do PIB.