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08 fevereiro 2024
11h09
Fonte:
Jornal de Negócios
China regista deflação pelo quarto mês consecutivo com preços a caírem 0,8%
O índice de preços no consumidor (IPC), o principal indicador de inflação da China, caiu 0,8%, em janeiro, em termos homólogos, marcando o quarto mês consecutivo de queda e um novo passo na tendência deflacionista.
Trata-se da maior queda homóloga num só mês do IPC na China desde setembro de 2009 e também da mais longa série de descidas desde esse ano, quando o país registou três trimestres consecutivos de deflação.
A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno reflete debilidade no consumo doméstico e investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos ativos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.
O indicador está abaixo das expectativas dos analistas, entre os quais a previsão mais generalizada era de uma descida, mas de 0,5%.
O Gabinete Nacional de Estatística chinês atribuiu a descida homóloga à elevada base comparativa por, em 2023, o Ano Novo Lunar - a principal época festiva na China - ter sido celebrado em janeiro, enquanto este ano terá lugar no mês corrente.
O estatístico da instituição, Dong Lijuan, destacou o aumento de 0,3% do IPC face ao mês anterior, "em linha com a média dos últimos dez anos", e de 0,4% em termos homólogos na inflação subjacente, que exclui os preços dos alimentos e da energia da medição devido à sua volatilidade.
A descida homóloga do IPC, explicou o especialista, deve-se também por ter sido precisamente em janeiro do ano passado que a China terminou oficialmente cerca de três anos de política "zero covid" o que resultou num aumento da procura por parte dos consumidores.
Os preços dos alimentos caíram 5,9% em relação ao ano anterior, com quedas na carne de porco (-17,3%), nos vegetais (-12,7%) e na fruta (-9,1%), responsáveis por mais de 90% da contração do IPC em relação ao ano passado, disse.
Entretanto, o efeito das férias e das vagas de frio resultou num aumento de 0,4% nos preços dos produtos alimentares, face ao mês anterior, com aumentos significativos também nos bilhetes de avião (+12,1%) ou nos serviços turísticos (+4,2%) devido à procura dos viajantes.
As estatísticas chinesas também divulgaram o índice de preços no produtor (IPP), que mede os preços industriais e registou uma queda homóloga de 2,5% em janeiro, marcando o 16.º mês consecutivo de descidas, embora tenha moderado a queda em relação à registada em dezembro, de 2,7%.
A contração é um pouco menos pronunciada do que o previsto pelos analistas, que esperavam uma queda homóloga de 2,6% em janeiro.
Numa base mensal, o IPP diminuiu 0,2% em relação a dezembro, o que representa o terceiro mês consecutivo de contração.
Trata-se da maior queda homóloga num só mês do IPC na China desde setembro de 2009 e também da mais longa série de descidas desde esse ano, quando o país registou três trimestres consecutivos de deflação.
A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno reflete debilidade no consumo doméstico e investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos ativos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.
O indicador está abaixo das expectativas dos analistas, entre os quais a previsão mais generalizada era de uma descida, mas de 0,5%.
O Gabinete Nacional de Estatística chinês atribuiu a descida homóloga à elevada base comparativa por, em 2023, o Ano Novo Lunar - a principal época festiva na China - ter sido celebrado em janeiro, enquanto este ano terá lugar no mês corrente.
O estatístico da instituição, Dong Lijuan, destacou o aumento de 0,3% do IPC face ao mês anterior, "em linha com a média dos últimos dez anos", e de 0,4% em termos homólogos na inflação subjacente, que exclui os preços dos alimentos e da energia da medição devido à sua volatilidade.
A descida homóloga do IPC, explicou o especialista, deve-se também por ter sido precisamente em janeiro do ano passado que a China terminou oficialmente cerca de três anos de política "zero covid" o que resultou num aumento da procura por parte dos consumidores.
Os preços dos alimentos caíram 5,9% em relação ao ano anterior, com quedas na carne de porco (-17,3%), nos vegetais (-12,7%) e na fruta (-9,1%), responsáveis por mais de 90% da contração do IPC em relação ao ano passado, disse.
Entretanto, o efeito das férias e das vagas de frio resultou num aumento de 0,4% nos preços dos produtos alimentares, face ao mês anterior, com aumentos significativos também nos bilhetes de avião (+12,1%) ou nos serviços turísticos (+4,2%) devido à procura dos viajantes.
As estatísticas chinesas também divulgaram o índice de preços no produtor (IPP), que mede os preços industriais e registou uma queda homóloga de 2,5% em janeiro, marcando o 16.º mês consecutivo de descidas, embora tenha moderado a queda em relação à registada em dezembro, de 2,7%.
A contração é um pouco menos pronunciada do que o previsto pelos analistas, que esperavam uma queda homóloga de 2,6% em janeiro.
Numa base mensal, o IPP diminuiu 0,2% em relação a dezembro, o que representa o terceiro mês consecutivo de contração.