Colocação de dívida com juros mais altos

Portugal, no leilão de bilhetes do tesouro, colocou 723 milhões de euros de dívida de curto prazo, dos quais 423 milhões em dúvida a seis meses e 300 milhões a 12 meses. A procura foi dentro dos níveis médios que o país costuma ter para estas maturidades.

Relativamente ao último leilão comparável de janeiro assistiu-se a uma subida das taxas em ambas as maturidades. "Nos três meses, a taxa foi de 2,89%, que compara com 2,41% e nos 12 meses foi de 2,97%, que compara com 2,72%. I resultado do atual leilão acaba por espelhar o movimento de subida das taxas de juro a que se assiste globalmente. A curva de taxas de juro encontra-se invertida, o que faz com que o curto prazo esteja com taxas mais elevadas que o longo prazo e explica a mesma yield para os três e 12 meses”, conclui Filipe Silva do Banco Carregosa. "Os bancos centrais ainda estão num processo de subida dew taxas. A taxa neutral na Europa deverá ser atingida no segundo semestre, o que tem levado a um ajuste rápido das curvas de taxas de juro, tanto de curto como de longo prazo.”