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Dívida pública mundial a caminho dos 100 biliões de dólares. FMI diz que pode ser pior
A dívida pública mundial deverá atingir no final deste ano os 100 biliões de dólares, o que corresponde a cerca de 93% do produto interno bruto (PIB) mundial de acordo com as estimativas do FMI conhecidas esta terça-feira, 15 de outubro. Mais, até ao final da década, deverá aproximar-se dos 100% do produto, são mais 10 pontos percentuais face ao período pré-pandemia. E serão as duas maiores economias mundiais – EUA e China – a contribuírem para esse aumento.
Nos capítulos divulgados no âmbito do World Economic Outlook, a instituição sediada em Washington refere que se espera que a "dívida estabilize ou diminua em aproximadamente dois terços dos países, continuará acima dos valores previstos antes da pandemia", sendo que "nos países em que não se prevê uma estabilização, representam mais de metade da dívida mundial e perto de dois terços do PIB de todo o mundo.
O Fundo sublinha que os "riscos nas previsões da dívida estão fortemente inclinados no sentido positivo, havendo "boas razões para acreditar que os níveis futuros da dívida poderão ser mais elevados do que o projetado atualmente".
Os dados ainda não estão desagregados por país, mas, além dos Estados Unidos e China, o FMI aponta para uma trajetória de aumentos no Reino Unido, Brasil, França, Itália e África do Sul. Em causa estão necessidades de investimento na transição para energias verdes, segurança energética, envelhecimento da população e questões de segurança e defesa que aumentarão as pressões orçamentais nos próximos anos.
Para FMI, tendo em conta um alívio das pressões inflacionistas, o Fundo acredita que "agora é oportuno" para que EUA, Zona Euro e Reino Unido comecem a aumentar as suas almofadas orçamentais. E para os casos em que a dívida está numa trajetória ascendente, será necessário um "ajustamento orçamental" entre 3% a 4,5% do PIB para que a dívida mundial inicie um perfil descendente.
Repor as reservas orçamentais
Para o FMI, os atuais planos orçamentais são "claramente insuficientes" que representem uma "elevada probabilidade de uma estabilização (ou diminuição) da dívida pública". "É o momento adequado para repor as reservas", afirmam os técnicos da instituição liderada por Kristalina Giorgieva.
O Fundo acredita que com a moderação da inflação, esperando-se que os bancos centrais mantenham uma política monetária de alívio, as economias estão "em melhores condições para absorver o efeito económico de um endurecimento das políticas orçamentais" – mais impostos e menos despesa.
Mas há riscos de uma política orçamental demasiado austeritária. Por isso, o FMI sugere uma calibração na magnitude da consolidação necessária, bem como um "desenho cuidadoso" para evitar que os países "caiam num período prolongado de crescimento anémico", lembrando que as componentes variam de país para país.
O ritmo desse ajustamento também deve ser "calibrado", "gradual", mas "sustentado", num "equilíbrio entre a contenção das vulnerabilidades da dívida e a preservação da força da procura privada".
A estas sugestões, juntam-se ainda um "reforço da credibilidade" dos planos orçamentais de médio prazo, uma boa gestão da dívida, evitando valores escondidos ou não identificados, como os passivos contingentes associados a empresas públicas.