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Dívidas de hospitais a fornecedores voltam a acumular-se
As dívidas da Saúde para com fornecedores externos voltaram a subir neste ano de forma sustentada, superando 2,3 mil milhões de euros até setembro, escreve o semanário Expresso nesta sexta-feira com base nos dados do Portal da Transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O valor fica apenas um pouco abaixo dos cerca de 2,4 mil milhões de euros em dívida acumulada em igual período do ano passado, quando as faturas a pagamento atingiam máximos desde 2014.
Desse valor, escreve o Expresso, 61% representam dívidas vencidas (1,4 mil milhões), com os pagamentos em atraso – vencidos há mais de 90 dias – a totalizarem em setembro 635 milhões de euros.
O jornal cita o economista da Saúde Pedro Pita Barros, que lembra a regularização de pagamentos em atraso e reforço de verbas para os Hospitais EPE feito há cerca de um ano, que, diz, "não surtiram qualquer efeito visível no controlo dos pagamentos em atraso e nas disfuncionalidades associadas à sua existência".
No mesmo artigo, a indústria farmacêutica e empresas de dispositivos médicos recordam também o compromisso inscrito no acordo de rendimentos de final de 2022 para 1.500 milhões de euros de injeções com vista à regularização de pagamentos num período de três anos. O compromisso, até aqui, não se concretizou, assinalam.