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28 junho 2022 00h00

ETF mais comprados em maio: surgem algumas estratégias curtas - FundsPeople Portugal

ETF mais comprados em maio: surgem algumas estratégias curtas - FundsPeople Portugal
Em mais um mês duro para o segmento acionista, partilhamos agora os ETF mais vendidos no Banco BEST e no Banco Carregosa. Prestamos especial atenção às apostas dos investidores. 
"O mês de maio foi bastante abrasivo perante a forte volatilidade nas obrigações soberanas à taxa fixa, ações, criptomoedas e divisas das economias desenvolvidas que depreciaram face ao USD. Neste contexto imperaram as táticas curtas e estratégias de hedging de carteiras de ações, como short ou reverse ETF", explicou João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa.
De outro lado, a área de Investimentos do Banco BEST aponta: "Este mês, podemos encontrar um Top 10 dominado por índices de ações, com um único ETF sobre commodities".
 
"Começando precisamente pelas commodities, registamos a procura pelo tema dos preços do gás natural, com o United States Natural Gas Fund, LP", iniciam os especialistas do Banco BEST. Os investidores procuram capitalizar uma inclinação da curva de futuros, percebe-se como tendência. 
Olhando agora para a parte dominante do Top 10, a componente acionista, os responsáveis explicam: "Na componente de índices de ações e, de certa forma, ligado ao tema energético, temos um ETF
sobre empresas envolvidas na exploração e produção de gás e petróleo, com o SPDR® S&P Oil & Gas Exploration & Production ETF. Ainda no que concerne a temas, vemos apetência pela tecnologia com
o Vanguard Information Technology Index Fund ETF Shares. Em termos de escolhas mais geográficas, vemos claramente o mercado americano em destaque".
 
Atentando no Top 10 do Banco Carregosa, percebemos um cenário muito diferente: apesar de ser dominado por ETF que operam no segmento acionista, conta com algumas estratégias fora da caixa.
"Prospectivamente, o mercado aguarda por uma suave aterragem da economia perspetivando que neste verão consiga atingir um topo ou pico de inflação, entre final deste ano e início de 2023 as economias poderão estar em recessão. Nesse cenário e com a inflação dominada poderíamos já funcionar com outro quadro de políticas monetárias similares ao período de 2018-2019", antevê João Queiroz.
O especialista do Banco Carregosa continua e refere que observam "a elevada rotação de obrigações (com fortes vendas antes da FED) e de empresas tecnológicas para empresas de qualidade elevada e/ou defensivas, ou seja, com boa capitalização e balanços estáveis".