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21 junho 2013 12h26

Há dois anos que o indicador da actividade económica não caia tão pouco em Portugal

O indicador de actividade económica em Portugal voltou a cair em Abril mas a tendência de descida foi menos expressiva do que nos meses anteriores. A produção na indústria e na construção registaram descidas, embora também elas menos intensas.
 
O indicador de actividade económica apresentou uma leitura negativa de 1,8% em Abril, melhorando face a uma quebra de 2,6% no mês anterior, de acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). É a menor descida desde meados de 2011. Em grande parte do ano passado, o indicador marcou quedas superiores a 4%. Assim, a actividade económica está a prolongar uma trajectória ascendente (embora ainda negativa) que se verifica desde Junho do ano passado.
 
A indústria e a construção apresentaram melhores dados de produção em Abril em relação ao mês anterior, que o INE justificou, em parte, pela influência do efeito de calendário, já que o período incluiu menos dias úteis por conta da Páscoa. Estes dados dizem respeito à média dos últimos três meses.
 
No caso da indústria, o índice de produção na indústria deslizou 0,2% em Abril quando, em Março, essa quebra era de 1,3%. É a leitura menos negativa do último ano. Já o índice de volume de negócios na indústria apresentou uma queda de 4,9%, melhoria face à de 6,3% em Março, “interrompendo a tendência decrescente iniciada em Junho de 2010”.
 
Na construção, os números também são menos negativos. A produção na construção caiu 21,5%, uma melhoria face a 23,8% de Março, o mínimo histórico do índice.
 
Consumo privado também desce menos
 
“O indicador quantitativo do consumo privado, disponível até Abril, apresentou uma diminuição homóloga ligeiramente menos intensa nos dois últimos meses, retomando o perfil ascendente observado desde o início de 2012”, sublinha o INE no comunicado publicado esta sexta-feira.
 
O consumo corrente teve, aqui, um contributo menos negativo com o facto de a componente não alimentar estar a passar uma fase menos negativa. A quebra foi de 1,3%, a menor desde o início do ano.
 
Pelo contrário, no caso dos bens duradouros, a redução do consumo por parte dos portugueses foi mais expressiva em Abril, caindo 9% em relação a 8,2% do mês anterior.