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Houthis fazem ultimato para que civis americanos e britânicos abandonem Iémen
Os militares dos Estados Unidos destruíram dois mísseis anti-navio dos rebeldes houthis, na manhã desta quarta-feira, 24 de janeiro. Segundo as forças norte-americanas, os projéteis estavam apontados e prontos para serem lançados para o Mar Vermelho, águas que têm vindo a ser controladas pelo grupo apoiado pelo Irão desde o final de 2023.
"As forças dos EUA identificaram os mísseis em áreas do Iémen controladas pelos houthis e determinaram que representavam uma ameaça iminente aos navios mercantes e da marinha", disse o comando central militar norte-americano, assegurando que os ataques foram realizados em "legítima defesa".
Depois da última ação militar, o grupo do Iémen deixou um aviso: "autoridades e trabalhadores com cidadania norte-americana e britânica preparem-se para deixar o país dentro de 30 dias".
Numa carta enviada ao coordenador humanitário das Nações Unidas no Iémen esta quarta-feira, 24 de janeiro, as autoridades houthis ordenam ainda que as organizações estrangeiras não contratem cidadãos norte-americanos e britânicos para as operações no seu país.
O "recado" chega horas depois do último grande ataque das forças ocidentais, que destruíram um local de armazenamento subterrâneo e capacidades de mísseis e vigilância dos houthis.
Desde 11 de janeiro, o Pentágono garante ter eliminado mais de 25 instalações de lançamento de projéteis e 20 mísseis do grupo apoiado pelo Irão.
Dizem, ainda, que a última resposta do seu opositor foi a 18 de janeiro, sugerindo que a estratégia ocidental que visa enfraquecer os houthis e conter os ataques ao transporte marítimo internacional no Mar Vermelho está a ter impacto.
Reino Unido quer lançar novas sanções
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou ao parlamento que vai usar os meios mais eficazes à sua disposição para "cortar os recursos financeiros dos houthis, usados para financiar estes ataques", numa nova lista de sanções que chegará nos próximos dias, garantiu.
"Estamos a trabalhar em estreita colaboração com os Estados Unidos e planeamos anunciar novas sanções nos próximos dias", reiterou Sunak, informando também que o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, irá visitar o Médio Oriente esta semana.
Para participar no Fórum do Caldeirão de Bolsa dedicado à insegurança no Mar Vermelho clique aqui.
* Texto editado por Pedro Curvelo