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Imagens de drone mostram a devastação das cheias no sul do Brasil. Há 78 mortos e mais de 100 desaparecidos
Subiu para 78 o número de mortos na sequência das chuvas torrenciais que atingem o estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Os dados são do último boletim da Defesa Civil estadual, mas as autoridades brasileiras admitem que este número pode aumentar nos próximos dias.
Além dos óbitos, as autoridades contabilizam 175 feridos. Ao todo, 844.673 pessoas foram afetadas pelas inundações. Há ainda 424 mil habitações sem eletricidade e 854.486 pessoas continuam sem abastecimento de água.
Neste domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Rio Grande do Sul e garantiu que "não haverá impedimento da burocracia" para a recuperação. "Eu sei que o estado do Rio Grande do Sul tem uma situação financeira difícil. E eu sei que têm muitas estradas estaduais que estão com problema. Não fiquei preocupado, porque o governo federal, através do Ministério dos Transportes, vai ajudar você a recuperar as estradas estaduais", afirmou.
O aeroporto internacional da cidade, que fechou na noite de sexta-feira depois de a enchente ter atingido as pistas, permanece fechado.
As autoridades do Rio Grande do Sul alertaram que, apesar da redução das chuvas no fim de semana, as enchentes ainda devem continuar por vários dias.
Para o início da semana, a previsão é de melhoria do estado do tempo, mas o Comando Militar do Sul alertou que deve haver uma queda das temperaturas no Rio Grande do Sul a partir de quarta-feira, o que pode provocar um aumento nos casos de hipotermia de pessoas isoladas pelas chuvas que ainda aguardam resgate.
No último ano, o sul do Brasil sofreu uma série de eventos climáticos extremos associados ao fenómeno El Niño, que provocou um aumento na precipitação nesta parte do país.