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10 julho 2024
16h53
Fonte:
Jornal de Negócios
Investidores avisaram Pedro Reis: sem incentivos ao talento "não vamos para aí"
O ministro da Economia, Pedro Reis, revelou esta quarta-feira aos deputados que esteve "nestes meses com muitos investidores estrangeiros e muitas grandes empresas portuguesas" que sinalizaram a necessidade de incentivos para atrair talento. "Disseram [de forma] simples: ‘Nós precisamos de um instrumento desses para considerar Portugal, senão não vamos para aí ou vamos-nos embora’", recorda o ministro.
"Nesse sentido, eu acho mesmo que o IFICI+ não é coisa de pouca monta, tenho bastante esperança neste instrumento", afirmou.
Este novo regime de atração de talento, que pretende dar incentivos fiscais à investigação científica, inovação e capital humano, é uma espécie de continuação do regime dos Residentes Não Habituais, com a aplicação de uma taxa de 20% sobre os rendimentos do trabalho de estrangeiros qualificados. Estava previsto pelo anterior Governo, mas o Executivo de Luís Montenegro diz ter acelerado a sua regulamentação.
"Porventura, o desafio não é um tema de injustiça, mas como é que nós devemos conseguir pôr toda a gente a pagar 20% de IRS. Acho que é esse o desafio e o ângulo".
O ministro da Economia defendeu ainda que se não houvesse a redução da taxa de IRC — que o Governo prevê que desça de forma gradual em dois pontos percentuais por ano até atingir 15% — os investidores internacionais "provavelmente não vinham". Pedro Reis considera, por isso, que a medida "vai acrescentar à economia portuguesa".
"Estou profundamente convencido de que a baixa do IRC tem uma taxa de retorno, pelo crescimento induzido, muito interessante. É mesmo, porque há situações da atração de investimento externo em que não nos dão sequer o tempo de explicar que a taxa efetiva é mais baixa e que temos outras compensações e temos outros argumentos. Nós ficamos logo à cabeça arrumados em vários leilões da atração de investimento só pela importância e pela sinalização do excesso, a meu ver, que existe na taxa de IRC", afirmou o ministro.
"Nós, em Portugal, temos um problema de excesso de carga fiscal global", continuou, defendendo que as empresas, tal como as famílias, "estão com uma tonelada de fiscalidade em cima".
Em atualização
"Nesse sentido, eu acho mesmo que o IFICI+ não é coisa de pouca monta, tenho bastante esperança neste instrumento", afirmou.
Este novo regime de atração de talento, que pretende dar incentivos fiscais à investigação científica, inovação e capital humano, é uma espécie de continuação do regime dos Residentes Não Habituais, com a aplicação de uma taxa de 20% sobre os rendimentos do trabalho de estrangeiros qualificados. Estava previsto pelo anterior Governo, mas o Executivo de Luís Montenegro diz ter acelerado a sua regulamentação.
"Porventura, o desafio não é um tema de injustiça, mas como é que nós devemos conseguir pôr toda a gente a pagar 20% de IRS. Acho que é esse o desafio e o ângulo".
O ministro da Economia defendeu ainda que se não houvesse a redução da taxa de IRC — que o Governo prevê que desça de forma gradual em dois pontos percentuais por ano até atingir 15% — os investidores internacionais "provavelmente não vinham". Pedro Reis considera, por isso, que a medida "vai acrescentar à economia portuguesa".
"Estou profundamente convencido de que a baixa do IRC tem uma taxa de retorno, pelo crescimento induzido, muito interessante. É mesmo, porque há situações da atração de investimento externo em que não nos dão sequer o tempo de explicar que a taxa efetiva é mais baixa e que temos outras compensações e temos outros argumentos. Nós ficamos logo à cabeça arrumados em vários leilões da atração de investimento só pela importância e pela sinalização do excesso, a meu ver, que existe na taxa de IRC", afirmou o ministro.
"Nós, em Portugal, temos um problema de excesso de carga fiscal global", continuou, defendendo que as empresas, tal como as famílias, "estão com uma tonelada de fiscalidade em cima".
Em atualização