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15 maio 2024
20h48
Fonte:
Jornal de Negócios
Isabel dos Santos contesta "Alerta Vermelho" da Interpol por se basear em "informações falsas"
A empresária angolana Isabel dos Santos vai contestar o "alerta vermelho" da Interpol, solicitado pelo Estado angolano, por se basear em "informações falsas", revelou esta quarta-feira o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ).
O ICIJ divulgou hoje uma investigação sobre os bens imobiliários que Isabel dos Santos, a sua mãe e um antigo associado do seu marido Sindika Dokolo (já falecido) detêm no Dubai, que descrevem como um "porto seguro" para fortunas ilícitas de políticos e cidadãos a braços com a justiça.
Em resposta ao consórcio de jornalistas sobre as propriedades que detém naquele Estado dos Emirados Árabes Unidos, a filha do antigo presidente José Eduardo dos Santos afirma que pretende contestar o pedido da Interpol porque foi emitido com base em "informações falsas" pelas autoridades angolanas.
O "alerta vermelho" (red notice) de que Isabel dos Santos foi alvo em 2022 é um "pedido de aplicação da lei em todo o mundo para localizar e prender provisoriamente uma pessoa enquanto se aguarda a extradição, rendição ou ação legal semelhante", segundo a Interpol.
Isabel dos Santos afirmou, num email, ter adquirido o seu apartamento Sadaf para "uso pessoal" com dinheiro que ganhou nas suas empresas e com aparições públicas e acrescentou que o Presidente João Loureço e as autoridades angolanas "têm uma agenda de motivação política" contra a família Dos Santos.
"Eles fabricam provas falsas e não permitem que os tribunais sejam imparciais e independentes", escreveu a empresária.
A justiça angolana tem rejeitado as acusações e garantiu usar todos os meios possíveis e ativar os mecanismos internacionais para trazer Isabel dos Santos de volta a Angola, que deixou em 2017, quando o sucessor do seu pai subiu ao poder.
A nova investigação do ICIJ, Dubai Unlocked (Dubai desbloqueado), revela como têm sido adotadas políticas que ajudaram a transformar o Dubai num porto seguro para supostos criminosos e políticos corruptos, ao mesmo tempo que os Emirados Árabes Unidos (EAU) se tentam livrar da reputação de destino preferencial para lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, depois de serem retirados da "lista cinzenta" do Grupo de Ação Financeira (GAFI), entidade financeira intergovernamental.
Os dados recolhidos pelo ICIJ revelam que Isabel dos Santos e sua mãe, Tatiana "Kukanova" Regan, são coproprietárias de um apartamento num prédio chamado Sadaf, hoje avaliado em mais de 570 mil dólares.
Os registos imobiliários do Dubai contêm também informações sobre Konema Mwenenge, parceiro de negócios do falecido marido da empresária, Sindika Dokolo, e empresas às quais está associado.
Isabel dos Santos publica com regularidades nas suas redes sociais fotos e vídeos mostrando-se em restaurantes e festas no Dubai, apesar dos processos judiciais contra si em Angola, Portugal, no Reino Unido e nos Países Baixos.
Os EAU não têm quaisquer acordos relacionados com Angola, nem têm um tratado de extradição com o país, segundo o ICIJ.
No início deste ano, a justiça angolana acusou Isabel dos Santos de 12 crimes e de causar um prejuízo de 219 milhões de dólares durante o período em que liderou a petrolífera estatal, Sonangol.
O ICIJ divulgou hoje uma investigação sobre os bens imobiliários que Isabel dos Santos, a sua mãe e um antigo associado do seu marido Sindika Dokolo (já falecido) detêm no Dubai, que descrevem como um "porto seguro" para fortunas ilícitas de políticos e cidadãos a braços com a justiça.
Em resposta ao consórcio de jornalistas sobre as propriedades que detém naquele Estado dos Emirados Árabes Unidos, a filha do antigo presidente José Eduardo dos Santos afirma que pretende contestar o pedido da Interpol porque foi emitido com base em "informações falsas" pelas autoridades angolanas.
O "alerta vermelho" (red notice) de que Isabel dos Santos foi alvo em 2022 é um "pedido de aplicação da lei em todo o mundo para localizar e prender provisoriamente uma pessoa enquanto se aguarda a extradição, rendição ou ação legal semelhante", segundo a Interpol.
Isabel dos Santos afirmou, num email, ter adquirido o seu apartamento Sadaf para "uso pessoal" com dinheiro que ganhou nas suas empresas e com aparições públicas e acrescentou que o Presidente João Loureço e as autoridades angolanas "têm uma agenda de motivação política" contra a família Dos Santos.
"Eles fabricam provas falsas e não permitem que os tribunais sejam imparciais e independentes", escreveu a empresária.
A justiça angolana tem rejeitado as acusações e garantiu usar todos os meios possíveis e ativar os mecanismos internacionais para trazer Isabel dos Santos de volta a Angola, que deixou em 2017, quando o sucessor do seu pai subiu ao poder.
A nova investigação do ICIJ, Dubai Unlocked (Dubai desbloqueado), revela como têm sido adotadas políticas que ajudaram a transformar o Dubai num porto seguro para supostos criminosos e políticos corruptos, ao mesmo tempo que os Emirados Árabes Unidos (EAU) se tentam livrar da reputação de destino preferencial para lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, depois de serem retirados da "lista cinzenta" do Grupo de Ação Financeira (GAFI), entidade financeira intergovernamental.
Os dados recolhidos pelo ICIJ revelam que Isabel dos Santos e sua mãe, Tatiana "Kukanova" Regan, são coproprietárias de um apartamento num prédio chamado Sadaf, hoje avaliado em mais de 570 mil dólares.
Os registos imobiliários do Dubai contêm também informações sobre Konema Mwenenge, parceiro de negócios do falecido marido da empresária, Sindika Dokolo, e empresas às quais está associado.
Isabel dos Santos publica com regularidades nas suas redes sociais fotos e vídeos mostrando-se em restaurantes e festas no Dubai, apesar dos processos judiciais contra si em Angola, Portugal, no Reino Unido e nos Países Baixos.
Os EAU não têm quaisquer acordos relacionados com Angola, nem têm um tratado de extradição com o país, segundo o ICIJ.
No início deste ano, a justiça angolana acusou Isabel dos Santos de 12 crimes e de causar um prejuízo de 219 milhões de dólares durante o período em que liderou a petrolífera estatal, Sonangol.